Por que o diagnóstico precoce do diabetes é fundamental para o controle eficaz da doença

O aumento na expectativa de vida da população trouxe consigo um crescimento na incidência das complicações decorrentes do Diabetes Mellitus, principalmente entre as pessoas de mais idade.

Isso tem afetado a qualidade de vida destes pacientes e gerado cada vez mais custos para as operadoras.

Uma das maneiras de reverter esse quadro é promover o diagnóstico precoce do diabetes, para que se possa iniciar o tratamento nas fases inicias da doença, reduzindo assim sua morbidade e mortalidade.

diagnóstico precoce do diabetes

O diagnóstico precoce do diabetes é uma ação de prevenção secundária que tem o objetivo de identificar os sinais e sintomas preliminares de uma doença que, segundo o Atlas Mundial do Diabetes, já atinge mais de 463 milhões de adultos em todo o mundo.

E o que é mais impressionante: de acordo com o levantamento, publicado pela International Diabetes Federation (IDF), metade dessas pessoas sequer sabe que tem a doença!

Isso quer dizer que um em cada dois diabéticos não toma medidas preventivas para evitar complicações de saúde pelo simples fato de ainda não ter sido diagnosticado.

E todos sabemos que, no caso do diabetes, descobrir a doença no seu início é fundamental. Se o paciente souber controlar seu nível de glicose e ter acompanhamento médico, poderá evitar consequências gravíssimas, como infarto, derrame cerebral ou cegueira.

Cinco motivos para investir na prevenção

A publicação da IDF traz ainda outros dados preocupantes, que deixam ainda mais clara a necessidade de investir no diagnóstico precoce do diabetes. Confira:

  1. Nos últimos dois anos, o número total de casos de diabetes no mundo aumentou em 38 milhões
  2. O diabetes é responsável por 12% das despesas globais de saúde. US$ 727 bilhões (cerca de R$ 2,3 trilhões) foram gastos para combater a doença em 2017. No Brasil, os gastos chegaram a R$ 77 milhões.
  3. Até 2045, cerca de 629 milhões de pessoas serão portadoras do diabetes, incluindo indivíduos com e sem diagnóstico.
  4. No Brasil, já são mais de 12 milhões de diabéticos.
  5. Até 2045, o número de diabéticos na América do Sul e Central deve aumentar em 62%

Três passos para promover o diagnóstico precoce

  1. Realizar o controle dos indivíduos com fatores de risco para Diabetes Mellitus a fim de rastrear a doença.
  2. Instituir e aperfeiçoar o acompanhamento ambulatorial e domiciliar.
  3. Promover a educação continuada dos pacientes de risco para que eles reconheçam os sintomas e auxiliem os profissionais de saúde no diagnóstico.

Principais dificuldades no diagnóstico precoce do diabetes

Por apresentar poucos sintomas identificáveis, o diabetes tipo 2 – que corresponde a 90% dos casos da doença – pode ficar por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento, favorecendo a ocorrência de complicações para a saúde do paciente.

Além disso, outro fator que dificulta o diagnóstico precoce do diabetes é o fato da doença afetar principalmente pessoas idosas, muitas delas com dificuldades para compreender a doença, aderir ao tratamento e reconhecer suas complicações.

Quais são os sintomas do diabetes tipo 2?

Elas são poucas e não muito específicas, mas existem algumas condições que podem indicar a presença da doença em um paciente adulto.

O problema é que nem todos apresentam os mesmos sintomas e muita gente pode passar anos sem sinal algum da doença, dificultando o diagnóstico precoce do diabetes.

Quando presentes, os sintomas mais comuns do diabetes são:

  • Urinar excessivamente, acordando várias vezes durante a noite;
  • Sede excessiva;
  • Aumento do apetite;
  • Perda de peso, mesmo comendo em excesso;
  • Cansaço;
  • Visão turva ou embaçada;
  • Infecções frequentes.

Testes e exames para detectar o diabetes

Como os sintomas do diabetes podem muitas vezes passar despercebidos, o ideal é fazer exames periódicos para acompanhar a taxa de glicose no sangue, principalmente para quem tem casos da doença na família.

A confirmação do diagnóstico só é possível com a realização de um hemograma.

Se o resultado do nível de glicose ficar acima de 110mg/dl já pode ser considerado um caso de pré-diabetes.

Se passar dos 126mg/dl, o resultado é positivo para diabetes.

O nível de glicose também pode ser medido com um aparelho portátil chamado glicosímetro, usando apenas uma gota de sangue do paciente.

Isso facilita muito a realização de ações de prevenção, como a aferição da glicose em eventos organizados pelas operadoras de saúde.

Contudo, o resultado do glicosímetro não deve ser considerado definitivo.

Caso seja detectado algum nível acima do normal, a pessoa deve ser orientada a consultar um médico e fazer o hemograma.

Identificando fatores de risco

Para uma operadora de saúde, é inviável investigar periodicamente cada um dos seus beneficiários para controlar seus níveis de glicose.

Portanto, os esforços para promover o diagnóstico precoce do diabetes devem se concentrar nos indivíduos que apresentam maior risco de desenvolver a doença.

Em primeiro lugar é preciso identificar os indivíduos com histórico familiar da doença (pai ou irmão com diabetes).

Em seguida, deve-se incluir no grupo de risco todos os beneficiários que apresentem um quadro de obesidade ou sobrepeso.

Estes são os principais indicadores de risco para a doença.

Mas existem ainda outros fatores que podem ser identificados para dar mais abrangência à análise de risco:

  • Alteração da glicose em jejum ou diminuição da tolerância à glicose (pré-diabetes);
  • Hipertensão;
  • Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides;
  • Condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como a doença renal crônica
  • Dar à luz um bebê com peso superior a quatro quilos ou ter diabetes gestacional.
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Distúrbios psiquiátricos
  • Apneia do sono;
  • Prescrição de glicocorticoides.

Se o banco de dados da sua operadora possui estas informações e você conta com um sistema capaz de organizá-las de forma prática e automatizada, poderá manter uma busca ativa para identificar os indivíduos de risco.

A partir daí, cabe ao gestor de medicina preventiva criar ações e até mesmo programas específicos para o diagnóstico precoce, além de desenvolver outras iniciativas para prevenção do diabetes tipo 2.

Uma boa maneira de começar é baixando este e-book que preparamos especialmente para auxiliar você nessa tarefa.

Boa leitura!

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