CUSTO SAÚDE – Gasto médio por usuário cresce nos planos de saúde

As despesas assistenciais cresceram 24,3% entre dezembro de 2020 e de 2021 no Brasil. Passaram de R$ 166 para R$ 206 bilhões. O número de beneficiários de planos de saúde de assistência médico-hospitalar foi de 47 para 49 milhões, um aumento de 3%. As informações são da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 69, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Continue a leitura e saiba mais sobre o aumento do custo saúde no Brasil.

Este aumento está relacionado à pandemia de Covid-19. Em 2020, com a disseminação do Coronavírus, houve uma queda no número de consultas, de exames, terapias, internações e tratamentos. Muitas pessoas tinham medo de contágio, hospitais cancelaram procedimentos eletivos, entre outros motivos. Essa diminuição resultou em menores despesas assistenciais. Contudo, o número voltou a subir em 2021, quando os beneficiários voltaram a utilizar os serviços de assistência à saúde. 

Ao se analisar os dados, com exceção de 2020, desde 2011 os custos têm subido. O gasto médio anual por beneficiário aumentou, entre 2011 e 2021, 187%. Quase triplicou de R$ 1.483 para R$ 4.262. Mesmo quando houve queda da quantidade de beneficiários, os gastos continuaram crescendo. A IESS atribui este crescimento a uma combinação de diversos fatores, como a incorporação de novas tecnologias, crescimento da frequência de utilização dos procedimentos e serviços de saúde, entre outros.

Outros dados mostram que planos coletivos cresceram. A adesão a planos de saúde individuais ou familiares caiu em -1,2%, enquanto os coletivos subiram 3,6%.  Este aumento foi registrado entre março de 2021 e 2022. De acordo com o estudo, em março de 2022, 81,8% dos beneficiários tinham um plano coletivo. E 84,4% eram do tipo coletivo empresarial e 15,6% do tipo coletivo por adesão. A maioria dos estados, com exceção do Acre e Amapá, aumentou o número de beneficiários. O Amapá perdeu 909 em um ano (março de 2021 e 2022).

CUSTO SAÚDE - Gasto médio por usuário cresce nos planos de saúde

Um raio X dos beneficiários 

O aumento nos gastos com planos de saúde também está relacionado ao perfil dos beneficiários. Existem pacientes com doenças crônicas, por exemplo, que se não tiverem com os respectivos problemas de saúde controlados irão gerar mais gastos. 

A IESS também realizou um estudo entre beneficiários de plano de saúde, publicado em 2021, denominado “Mapeamento da situação de saúde dos beneficiários de planos de assistência médica no Brasil”. Os resultados mostraram que entre os então 58 milhões de beneficiários, 10 milhões (17%) eram idosos e 15 milhões (26%) eram diagnosticados com alguma comorbidade. Também foi detectado entre os beneficiários: 8 milhões com hipertensão, 4 com milhões alguma doença do pulmão, 3 milhões com diabetes, 2 milhões com depressão, 2 milhões com alguma doença do coração e 1 milhão com câncer. Deve-se levar em consideração que é possível que um beneficiário tenha mais de uma doença.  O estudo também concluiu que a proporção de pessoas com doenças crônicas e fatores de risco foi mais alta entre os beneficiários do que entre os não beneficiários. Uma das conclusões do levantamento é que uma pessoa, ao se sentir doente, procura fazer um plano de saúde.  Estes 58 milhões contabilizados tinham algum plano de saúde de assistência médica, seja particular, de empresa ou de órgão público.

Apostar na prevenção reduz custo saúde

Um estudo citado pelo site O Globo ainda em 2012 mencionava que para cada R$ 1 investido em prevenção, retornam R$ 2 para o bolso da operadora. Um outro levantamento de 2021 da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que se for gasto US$ 1 por pessoa, ao ano, na prevenção de doenças crônicas, por países de baixa e média renda, podem ser evitadas cerca de sete milhões de mortes até 2030.

A criação e o incentivo a programas de promoção à saúde podem ser uma saída para redução de custos. Estes programas de saúde incluem atividades como criação de grupos de corridas e caminhadas, promoção de campanhas antitabagistas e contra o alcoolismo, realização de ginástica, realização de palestras sobre alimentação saudável e ações de sensibilização em prol da medicina preventiva.  Existem grupos voltados a doentes crônicos, por exemplo, que envolvem equipes multidisciplinares. Outros destinados à saúde da mulher. Todos têm o objetivo de promover cuidados aos beneficiários.  

A própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incentiva a criação, tanto por empresas quanto por operadoras de saúde. Uma resolução normativa ANS prevê o direito de premiação ou negociação a beneficiários ou contratantes que ofereçam programas de saúde. Ou seja, as empresas podem usar a iniciativa para obter vantagens na renegociação do reajuste anual dos planos de saúde corporativos com as operadoras. O percentual de reajuste pode ser menor, por exemplo, porque haverá uma diminuição no uso do plano de saúde. Mas este programa precisa ser um trabalho contínuo.  Para isso, deve-se mapear a maior quantidade possível de informações sobre os funcionários para indicar as principais demandas e a partir delas elaborar as atividades dos programas de saúde. É literalmente uma oportunidade de fazer um raio-x da equipe, conhecer hábitos, rotinas e doenças.

ANS oferece vantagens a operadoras  

A Agência Nacional de Saúde (ANS) incentiva as operadoras de planos a implantar ações de promoção à saúde desde 2005. Para isso, oferece diversas vantagens, como uma maior visibilidade para as empresas engajadas em medicina preventiva, com a publicação no portal da ANS de operadoras com programas aprovados e emissão de declaração.

Entre outras vantagens, está a redução da exigência mensal de margem de solvência do exercício corrente. O total de despesas das operadoras com programas para promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças (que sejam aprovados e estejam registrados contabilmente no exercício anterior) pode se converter em redução de até 10% da exigência mensal de margem. Isto é estabelecido pelo Art 6º da INC 07/12. Para isso, o programa deve estar não apenas inscrito, mas cadastrado e aprovado pela ANS.

Outra vantagem específica é a bonificação em forma de pontos conferida pela ANS no Monitoramento Assistencial, que mede a cada trimestre o risco das operadoras, ou seja, acompanha periodicamente os produtos que possam ser indicativo de risco à qualidade ou à continuidade da assistência aos beneficiários de planos de saúde.

E uma terceira vantagem é a pontuação bônus no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), que é usado para avaliar a qualidade das operadoras. Ele é calculado a partir de quatro indicadores: atenção à saúde; avaliação econômico-financeira; estrutura e operação; e satisfação do beneficiário. O maior peso é o da atenção à saúde, então possuir programas de medicina preventiva contribui para elevar o IDSS da empresa.

Sobre o Previva

Monitorar paciente de um programa de prevenção exige uma equipe dedicada, que pode otimizar o trabalho ao utilizar uma plataforma para gestão. O Previva é uma ferramenta para Atenção Integral à Saúde, utilizado para a gestão dos Programas de Medicina Preventiva, Gerenciamento de Crônicos e APS ( Atenção Primária à Saúde), direcionado a operadoras de saúde, prestadoras de Serviços de Promoção e empresas que querem fazer gestão de saúde de seus funcionários. É uma solução completa para auxiliar na racionalização dos custos assistenciais, através da gestão integral da saúde dos participantes, proporcionando aumento da longevidade com maior qualidade de vida. 

Com o software, é possível aprimorar as práticas de gestão de saúde, tomar decisões estratégicas com base em dados de utilização do plano, traçar o perfil epidemiológico da carteira de beneficiários, selecionar indivíduos elegíveis para cada programa de saúde, criar protocolos customizados de atendimento e questionários personalizados. Além de prover o gestor de dados, seja através de relatórios ou dashboards, para monitorar indicadores de saúde e custo.

O software, que é referência nacional em gestão de atenção integral à saúde, já está em sua terceira versão. A versão 3.0 proporciona uma nova experiência ao usuário, num software mais ágil e de melhor desempenho, com design clean e intuitivo e melhorias na usabilidade. A segurança também foi aprimorada. A mudança da versão agrega mais agilidade às operadoras de saúde. Também permite assinatura digital, o que agiliza processos, como a emissão de laudos. 

O novo Previva foi desenhado pensando em atender duas grandes premissas do mercado de health tech: inovação tecnológica e melhor experiência do usuário. Ambas premissas convergem na melhora da performance de uso da solução e assim, maior produtividade do time. Se o time tem melhor performance, atenderá mais pacientes, se mais pacientes são atendidos, a operadora entrega longevidade e qualidade de vida para mais beneficiários. Se os beneficiários estão saudáveis e/ou administrados, a operadora tem a racionalização do uso do plano. 

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