Obesidade pode representar 50% dos gastos na Saúde Suplementar em 2030

As taxas de obesidade têm crescido na população mundial. E isto representará mais gastos tanto no sistema de saúde pública quanto para o suplementar. Hoje, o custo da obesidade grave e mórbida na saúde suplementar do Brasil é de R$ 2.750 por mês (ou R$ 33 mil ao ano). E os gastos tendem a aumentar nos próximos anos. Conforme publicado na  Agência Brasil, os sinistros relacionados à obesidade, entre 2015 e 2021, representaram um gasto de R$ 4,8 bilhões.

Estes dados estão em um estudo, encomendado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e realizado pela Orizon, apresentado no seminário “Obesidade no Brasil: Impactos sociais e econômicos e como vencer essa pandemia”. Um outro dado interessante é que se o número de obesos mórbidos caísse pela metade, se economizaria R$ 96 milhões em sinistros em 5 anos.

Um outro estudo da IESS, denominado “Cenários para o futuro: como o aumento da prevalência da obesidade entre beneficiários pode impactar a sustentabilidade da saúde suplementar”, projeta que os gastos com a obesidade podem chegar a R$3.131,37 (R$ 37.576 ao ano) por paciente em 2030. Este valor impactaria ainda mais devido ao crescimento das taxas desta doença crônica, que poderá chegar a 55,47% do dinheiro gasto na saúde suplementar.

Este estudo cita outras pesquisas da área. Em uma delas, consta que a obesidade mórbida, apesar de a prevalência ser 18 vezes menor, representa 23,8% de todos os cus­tos relacionados à doença no SUS. E ainda que os custos relacionados são maiores, consecutivamente, para doenças isquêmicas do co­ração, câncer de mama, insuficiência cardí­aca congestiva e diabetes.

Futuro da obesidade

O estudo da IESS “Cenários para o futuro: como o aumento da prevalência da obesidade entre beneficiários pode impactar a sustentabilidade da saúde suplementar” desenvolve dois possíveis quadros para a obesidade no Brasil em 2030.

No primeiro, sem nenhuma intervenção, a duplicação da taxa de obesidade geraria o custo de R$3.131,37 por pessoa. A taxa de crescimento aplicada a este cenário é 5%, a mesma de hoje. Mais da metade da despesa assistencial seria utilizada para tratar da doença, das complicações e das comorbidades. Para este cenário, foi considerado que a taxa de obesidade chegaria aos 46%. Atualmente, a obesidade representa 18,8% dos gastos na saúde suplementar.  

No segundo cenário, caso seja aplicada uma política ampla e efeti­va de combate à obesidade, a taxa cairia. A prevalência entre beneficiários iria de 26,8% (valor de 2019) para 13,4% em 2030.  A taxa de crescimento seria de -3,7% ao ano. A despesa assistencial por beneficiário seria de R$1.463,11 e corresponderia a 5% das despesas da saúde suplementar.

Panorama da obesidade

A obesidade é uma doença crônica multifatorial que pode levar ao desenvolvimento de outros problemas de saúde crônicos, como hipertensão, diabetes, até mesmo câncer. O tratamento dela e de problemas de saúde associados resulta em custos diretos e indiretos. Nos custos direto, estão o aumento da utilização do sistema de saúde, que inclui o uso de serviços de saúde ambulatorial e hospitalar (incluin­do cirurgia), exames laboratoriais e radiológicos e terapia medica­mentosa. Os custos indiretos são, por exemplo, dias perdidos no trabalho.

Hoje a obesidade se tornou uma pandemia. O Atlas Mundial da Obesidade 2022, publicado pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation) prevê que um bilhão de pessoas no mundo serão obesas em 2030 (17,5% de toda a população adulta). A proporção é de uma a cada cinco mulheres e um a cada sete homens. 

Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma meta para frear o crescimento das taxas de obesidade no mundo até 2025. Contudo, essa não será alcançada. Os números não param de crescer. No Brasil, a obesidade cresceu 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, segundo o Mapa da Obesidade. De acordo com os dados do Vigitel (Vigilân­cia de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), a porcentagem de obesos entre os beneficiários de planos de saúde aumentou de 12,5% em 2008 para 19,6% em 2018.

Programas de prevenção e o Previva

É preciso mudar o cenário atual. Uma forma é investir em programas direcionados aos doentes crônicos e à atenção primária. A Agência Nacional de Saúde Su­plementar (ANS) tem incentivado ações de promoção e prevenção de saúde para combater a obesidade. Em 2021, 899 pro­gramas estavam cadastrados na ANS com este foco, contemplando 1.469.425 beneficiários de todas as faixas etárias. Você pode conhecer algumas iniciativas aqui.

Estes programas podem envolver uma equipe multidisciplinar, como educadores físicos, nutricionistas, médicos e enfermeiros. Podem ser realizados encontros periódicos, consultas, acompanhamento, entre outras atividades.

 E para ajudar a gestão deste programas existe o software de medicina preventiva Previva. Com o Previva, é possível fazer um acompanhamento individual do participante do programa, criar protocolos de atendimento e questionários personalizados

Também é possível identificar quais usuários dos planos de saúde seriam beneficiados ao serem integrados aos programas de prevenção. Além de obter informações sobre a necessidade de criar outras iniciativas. Geralmente doentes crônicos têm mais de uma doença.

Saiba mais sobre como a tecnologia pode auxiliar nos programas de medicina preventiva. 

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