Inatividade física gera milhões de gastos em saúde e perda de produtividade
Praticar atividades físicas faz bem e também reduz os gastos em saúde. Uma pesquisa recente realizada em Portugal concluiu que a inatividade física gera um custo de 980 milhões de euros aos serviços de saúde portugueses. O estudo, conduzido pela Deloitte, apontou que as faltas dos trabalhadores por motivos de doença e o presenteísmo custam à economia do país 1569 milhões de euros por ano.
Os custos gerados por cada trabalhador português afastado são de 336 euros em cuidados de saúde e 806 euros em potencial perdido no aumento do PIB. Ou seja, estas despesas não existiriam se fosse adotado o hábito de praticar atividade física.
No Brasil, um estudo de 2019 constatou que a inatividade física gerou cerca de R$ 300 milhões de gastos somente com internações no Sistema Único de Saúde (SUS) naquele ano. A pesquisa “Implicações socioeconômicas da inatividade física: panorama nacional e implicações para políticas públicas” foi realizada pela Universidade Federal Fluminense (UFF). E o foco era pessoas com mais de 40 anos de idade.
Estas pesquisas reforçam a importância de se combater o sedentarismo. A prática de exercícios físicos previne e controla doenças cardíacas, diabetes tipo 2, câncer, entre outras. Criar programas e incentivar a prática de exercícios é uma forma de se apostar na prevenção e reduzir custos para as operadoras de saúde. Um outro estudo realizado em adultos nos Estados Unidos concluiu que 110 mil mortes, entre pessoas de 40 a 85 anos, poderiam ser evitadas se essa fosse praticada atividade física. E, de acordo com a pesquisa, seriam necessários somente 10 minutos diários de atividade física de intensidade moderada à vigorosa. A pesquisa foi conduzida pelos pesquisadores Pedro F. Saint-Maurice, Barry I. Graubard, e Richard P. Troiano.
Mortes relacionadas à inatividade física
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2020 apontam que cinco milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas com a prática de atividades físicas. Além disso, o sedentarismo é apontado como uma das principais causas de despesas em saúde. São US$ 54 bilhões gastos em cuidados diretos de saúde e mais US$ 14 bilhões em perda de produtividade.
O sedentarismo é o quarto fator de risco mais importante para a mortalidade precoce por todas as causas, de acordo com a OMS. Calcula-se que a falta de exercícios regulares é responsável por 6% das doenças cardíacas coronárias; 7% do diabetes tipo 2; 10% do câncer de mama e 10% do câncer de cólon.
Uma boa parte dos adultos é sedentária. Um estudo da OMS, publicado em 2018, coletou dados entre os anos 2001 e 2016. E constatou que quase metade da população brasileira é sedentária. Ou seja, 47% dos adultos no Brasil não pratica atividades físicas suficientemente. A pesquisa era Worldwide trends in insufficient physical activity from 2001 to 2016: a pooled analysis of 358 population-based surveys with 1·9 million participants. O Brasil seria o país mais sedentário da América Latina.
Um outro estudo chamado Physical Activity and Sedentary Behaviours: Analysis of trends, inequalities and clustering in selected OECD countries (Dieta, Atividade Física e comportamentos sedentários: análise de tendências, desigualdades e agrupamento em países da OCDE selecionados) aponta que 50% dos analisados atingiram a meta proposta pela OMS. Contudo, o fator econômico e social era determinante para dizer a quantidade. Quem tinha um nível socioeconômico superior seguia uma alimentação mais saudável e rotina de exercícios.
Sugestão da OMS
A recomendação da OMS é de pelo menos de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada para adultos por semana. Segundo a organização, um em cada quatro adultos não pratica atividade física suficiente. Entre os benefícios apontados pela atividade física estão:
- Melhora a circulação sanguínea;
- Diminui os riscos de problemas cardíacos;
- Melhora a ansiedade e o estresse;
- Auxilia nas dietas de emagrecimento;
- Ajuda a tonificar e fortalecer os músculos;
- Reduz a pressão sanguínea e os níveis de colesterol no sangue;
- Evita o aparecimento da osteoporose;
- Combate o diabetes;
- Melhora o nível de condicionamento físico;
- Aumenta a imunidade do organismo
Doenças crônicas poderiam ser evitadas
As atividades físicas são uma forma de controlar e evitar o aparecimento de doenças crônicas, como obesidade, hipertensão, entre outras.
A obesidade, por exemplo, se tornou uma pandemia. O Atlas Mundial da Obesidade 2022, publicado pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation) prevê que um bilhão de pessoas no mundo serão obesas em 2030 (17,5% de toda a população adulta). A proporção é de uma a cada cinco mulheres e um a cada sete homens. Quase 30% da população adulta do Brasil em 2030 deve ser obesa.
Enquanto a hipertensão, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que a hipertensão atinge de 25% a 30% dos adultos brasileiros. A condição é a causa de 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal, segundo os dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). As duas doenças crônicas podem ser controladas com medicação.
Programas de prevenção e o Previva
É preciso mudar o cenário atual e inibir o sedentarismo. Uma forma é apostar em programas direcionados à prática de atividades físicas. Estes programas podem envolver uma equipe multidisciplinar, como educadores físicos, nutricionistas e fisioterapeutas.
Para ajudar a gestão deste programas existe o software de atenção integral à saúde Previva. Com o Previva, é possível fazer um acompanhamento individual do participante do programa, criar protocolos e questionários personalizados, visto que muitos podem ser portadores de doenças crônicas.
Também é possível identificar quais usuários dos planos de saúde seriam elegíveis para serem integrados aos programas de prevenção. Saiba mais sobre como a tecnologia pode auxiliar nos programas de medicina preventiva.
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