Envelhecimento e excesso de peso são riscos para o desenvolvimento do câncer de próstata
O câncer de próstata é associado à terceira idade, visto que 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. E também é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, depois do câncer de pele não-melanoma. A maioria desses tumores cresce de forma lenta e silenciosa, podem levar 15 anos para atingir 1 cm³.
Hoje, a periodicidade do rastreamento deste câncer deve ser decidida com um especialista. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) não recomenda mais a realização de exames de rotina, visto que existem mais malefícios do que os possíveis benefícios. Por isso, é importante orientar a população masculina quanto aos sintomas. Recomenda-se o rastreamento no grupo de risco ou pessoas com sinais da doença.
Em 2020, foram 15.841 óbitos e 65.840 novos casos. Como os casos são estimados por triênio, para 2022, também serão esperados mais de 65 mil. Isto corresponde a 29,2% dos tumores masculinos incidentes. Homens com excesso de peso ou obesos, ou com mais de 55 anos têm maior propensão a desenvolver a doença.
Não há como frear o envelhecimento, mas pode-se diminuir os outros fatores de risco, como obesidade. Por isso são tão importantes programas para prevenção, que estimulam a alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos. É vital direcionar campanhas para o público masculino para incentivar visitas a médicos e o conhecimento prévio dos sintomas, a exemplo de iniciativas como novembro azul.
Câncer de próstata: fatores de risco e a saúde suplementar
Um estudo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Complementar (IESS), entre beneficiários de planos de saúde residentes em capitais entre 2008 e 2018, mostrou que muitos homens ganharam uns quilos a mais neste período. O excesso de peso passou de 56,3% para 63,2% e o de obesos aumentou de 14,2% para 20,5%. De acordo com o estudo, aproximadamente 3 em cada 5 beneficiários do sexo masculino estão acima do peso. Os dados utilizados no levantamento foram extraídos do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) sobre a Saúde Suplementar.
Já o número de homens beneficiários de planos de saúde com 55 anos ou mais somava 3,8 milhões em 2020. Desde 2000, a quantidade mais que dobrou.
Além do excesso de peso, fatores genéticos também influenciam no desenvolvimento de câncer de próstata, principalmente se for antes dos 60 anos. A exposição a algumas substâncias também é associada à doença. Estas são aminas aromáticas, arsênio, produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas.
Práticas que ajudam a sobrevida de pacientes de câncer de próstata
O estudo Atividade Física e Câncer: Recomendações para Prevenção e Controle realizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) associa a prática de atividades físicas à proteção contra o desenvolvimento do câncer, além de amenizar sintomas e eventos adversos relacionados e a aumentar a sobrevida e a qualidade de vida de seus sobreviventes. Quanto ao câncer de próstata, a atividade física de intensidade moderada a vigorosa após o diagnóstico da doença reduz o risco de mortalidade específica por câncer. A recomendação para sobreviventes é de 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada, ou, 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa.
Pandemia e o diagnóstico
Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre 2019 e 2020, mostram que caiu em 16,0% o número de internações para realização de diagnóstico, tratamento e acompanhamento de câncer de próstata. Também reduziu em 24,3% a quantidade de internações para a realização de prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a céu aberto. A queda está associada à pandemia da Covid-19. Durante 2020 e 2021, muitos procedimentos eletivos, exames e consultas foram postergados. Parte dos 625 mil casos de todos os tipos câncer previstos para cada ano deste triênio (2020-2022), de acordo com o Inca, não serão diagnosticados. Muitos destes não foram detectados devido à baixa no número de exames.
Saiba mais sobre o Previva
As mulheres sempre cuidaram melhor da saúde que os homens, principalmente na realização de exames periódicos e visitas aos médicos. Por isso, é tão importante reforçar campanhas de prevenção voltadas ao público masculino. O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens, mas pode ter os fatores de riscos atenuados através dos programas de prevenção. Como já mencionamos anteriormente, a idade é fator de risco, mas também é o excesso de peso. É possível criar campanhas voltadas ao combate à obesidade e ao incentivo de práticas esportivas.
A plataforma de atenção integral à saúde, Previva, é uma excelente ferramenta para auxiliar no gerenciamento de programas de promoprev e gestão de crônicos. Com o software, os médicos podem acompanhar os exames feitos pelo paciente, o histórico e o tratamento.
É possível saber se o paciente ou algum familiar já teve câncer, o que torna ainda mais importante a realização de exames preventivos e verificar em quais grupos de risco se enquadra, além da inclusão de linha de cuidado específica. Facilite sua gestão de atenção integral à saúde, conheça mais sobre o Previva.
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