A cada 100 casos de câncer, treze são relacionados à obesidade
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 13 em cada 100 casos de câncer no Brasil estão relacionados ao sobrepeso e à obesidade. Já se sabe que o aumento do peso pode levar ao aparecimento de doenças crônicas como hipertensão e problemas cardíacos, mas pouco se fala que o aumento do número de obesos no país pode levar ao aparecimento de outros casos de câncer.
A inflamação crônica das células por causa da obesidade pode levar ao surgimento de certos cânceres. Isto acontece porque esta inflamação aumenta os níveis de determinados hormônios, que levam ao crescimento de células cancerígenas.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) relaciona essa doença crônica a 13 tipos de cânceres. Alguns são tumores de esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e possivelmente associado aos de próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células B
A obesidade após a menopausa pode aumentar o risco de câncer de mama em 30 a 50%. E a cura do câncer também é reduzida. As taxas de sobrevivência caem em mulheres com gordura abdominal. O risco aumenta a cada unidade de IMC.
Um estudo publicado no JAMA Open Networks comparou os casos de cura de cânceres ligados à obesidade e os não-relacionados. Em uma base de dados com 50 milhões de pessoas, os pesquisadores apontaram que as mortes estão caindo três vezes mais rápido em cânceres não-relacionados ao excesso de peso.
A perda de peso maior que 20% do peso do corpo pode ajudar a prevenir esses tipos de cânceres, desde que dure por 10 anos.
Obesidade cresce e aumenta o risco de câncer
As taxas de obesidade têm aumentado no Brasil. No Brasil, a obesidade cresceu 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, segundo o Mapa da Obesidade. De acordo com os dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), a porcentagem de obesos entre os beneficiários de planos de saúde aumentou de 12,5% em 2008 para 19,6% em 2018.
A obesidade também cresce em crianças De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), quatro em cada cinco crianças continuarão obesas ao se tornarem adultas. O levantamento do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) que apontou que uma a cada dez crianças de até 5 anos no Brasil está com excesso de peso. A pesquisa é de 2019.
Um estudo, realizado pelo Ministério da Saúde em 2019, apontou que o índice de sobrepeso em crianças é de mais de 16%, a obesidade chega a 9,30% e a obesidade grave ultrapassa os 5%. Atualmente, é a doença pediátrica mais comum.
Obesidade e o aumento de custos
Hoje, o custo da obesidade grave e mórbida na saúde suplementar do Brasil é de R$ 2.750 por mês (ou R$ 33 mil ao ano). Conforme publicado na Agência Brasil, os sinistros relacionados à obesidade, entre 2015 e 2021, representaram um gasto de R$ 4,8 bilhões.
O estudo da IESS, denominado “Cenários para o futuro: como o aumento da prevalência da obesidade entre beneficiários pode impactar a sustentabilidade da saúde suplementar”, projeta que os gastos com a obesidade podem chegar a R$3.131,37 (R$ 37.576 ao ano) por paciente em 2030. Este valor impactaria ainda mais devido ao crescimento das taxas desta doença crônica, que poderá chegar a 55,47% do dinheiro gasto na saúde suplementar.
A obesidade mórbida, apesar de a prevalência ser 18 vezes menor, representa 23,8% de todos os custos relacionados à doença no SUS. E ainda que os custos relacionados são maiores, consecutivamente, para doenças isquêmicas do coração, câncer de mama, insuficiência cardíaca congestiva e diabetes. Temos um post sobre o assunto.
Sobre o Previva
A melhor forma de se reduzir os casos de câncer, e consequentemente os custos, é por meio da prevenção. Isto pode ser feito dentro das próprias operadoras de saúde através de programas de Atenção Primária. Estes programas podem envolver uma equipe multidisciplinar. Para o combate à obesidade, podem envolver educadores físicos, nutricionistas, médicos e enfermeiros. Podem ser realizados encontros periódicos, consultas, acompanhamento, entre outras atividades.
E, para ajudar a gestão destes programas, existe o software de atenção integral à saúde Previva. Com o Previva, é possível fazer um acompanhamento individual do participante do programa, criar protocolos de atendimento e questionários personalizados.
Também é possível identificar quais usuários dos planos de saúde seriam beneficiados ao serem integrados aos programas de prevenção. Saiba mais sobre como a tecnologia pode auxiliar nos programas de medicina preventiva.
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