5 ideias práticas para ações de combate ao estresse
Em artigo publicado recentemente no jornal O Globo, o médico Gilberto Ururahy, presidente do Cômite de Saúde da Câmara Americana do Rio de Janeiro e especialista em medicina preventiva, revelou alguns indicadores que demonstram o quanto os altos índices de estresse no dia-a-dia vêm afetando a qualidade de vida do brasileiro:
“Identificamos em mais de 100 mil check-ups que 70% dos pacientes das nossas unidades de medicina preventiva convivem com altos índices desse problema. (…) Nossos estudos mostram, por exemplo, que no último ano houve aumento de quase 30% de depressão em relação aos 12 meses anteriores. A ansiedade passou a atingir 32% dos clientes contra 20% do ano anterior e a insônia hoje é relatada por 25% de homens e mulheres examinados.”
Segundo o Dr. Uruhay, o estresse é um mecanismo importantíssimo de adaptação do ser humano aos perigos em seu ambiente. Portanto, o que deve preocupar os gestores de saúde é o estresse crônico acumulado ao longo do tempo, que acaba elevando os níveis dos hormônios cortisol e adrenalina, causando queda da imunidade, aumento de peso e de resistência à insulina, além de aumento da pressão arterial e arritmias cardíacas.
Como os efeitos do estresse são cumulativos, as doenças geradas por ele podem surgir meses depois da fonte de estresse ter se encerrado. Isso faz com que muitas pessoas não percebam o problema, tornando-se conscientes dele apenas quando adoecem.
Entre os males causados pelo estresse estão hipertensão, úlcera, queda da imunidade, dores lombares, ansiedade, depressão, doenças cardíacas, problemas digestivos e disfunções reprodutivas/sexuais. Além disso, o estresse crônico é uma das maiores causas do envelhecimento precoce e um grande problema para a produtividade no trabalho.
Dessa forma, os benefícios de investir em ações para reduzir os níveis de estresse entre seus beneficiários ou colaboradores tornam-se óbvios para qualquer empresa que atua no setor de saúde. Dentro de uma abordagem voltada à medicina preventiva, os profissionais de saúde podem lançar mão de diversas ações práticas de conscientização, mobilização e diagnóstico.
A seguir, citamos cinco iniciativas simples e eficientes que sua operadora (e/ou sua empresa) pode adotar para reduzir a incidência de problemas de saúde gerados pelo estresse:
1.Incentivar o diagnóstico do estresse
Chame a atenção de seus beneficiários para a necessidade de fazer exames e check-ups regulares que avaliem seu estado de saúde geral, inclusive levando em conta aspectos emocionais, e sinalizem os impactos do estresse na saúde de cada um. O diagnóstico dos fatores causadores de estresse pode surgir tanto de uma avaliação psicológica quanto de exames específicos para monitorar os níveis hormonais e a quantidade de nutrientes no sangue. Sempre que houver a oportunidade, entre em contato com eles e incentive-os a tomar alguma iniciativa nesse sentido. Uma recomendação às empresas é realizar um mapeamento de perfil epidemiológico quando seus funcionários são submetidos a altos índices de estresse.
2. Promover atividades ao ar livre
Ações de recreação e atividade física ao ar livre são uma excelente ferramenta para promover o combate ao estresse, principalmente entre o público da terceira idade. Ao frequentar encontros como estes, as pessoas mais idosas são incentivadas a sair de casa, fazer contato social e atividades físicas moderadas, o que contribui consideravelmente para melhorar sua qualidade de vida e prevenir diversas doenças. Além dos beneficiários da terceira idade, outras faixas etárias podem ser impactadas com a organização de caminhadas, corridas e outros eventos esportivos.
3. Organizar cursos e oficinas
Com o auxílio de um time multidisciplinar de profissionais de saúde é possível oferecer um programa de encontros semanais ou cursos intensivos (em um fim de semana, por exemplo) ensinando ações práticas para reduzir os níveis de estresse no cotidiano. Psicólogos podem ensinar técnicas para o gerenciamento das emoções negativas que dão origem a quadros de ansiedade, nutricionistas podem abordar os hábitos alimentares que ajudam ou atrapalham no controle do estresse, enquanto profissionais de educação física podem orientar os participantes sobre a prática de exercícios físicos, tudo orientado por um médico especializado em medicina preventiva.
4. Fazer campanhas de conscientização
Podem ser destinadas apenas aos beneficiários ou ao público em geral. O objetivo é alertar sobre os perigos do estresse crônico e também passar algumas dicas de prevenção. Uma campanha como essa pode utilizar uma série de canais de divulgação: publicidade na mídia, distribuição de folders informativos, cartazes ou cartilhas de prevenção, promoção de palestras gratuitas, ações em redes sociais e aplicativos de mensagem. Certifique-se de ter a ajuda de um profissional de comunicação para a execução da campanha, sempre com a assessoria de especialistas em saúde.
5. Coordenar programas em empresas
Questões relativas ao ambiente de trabalho e à vida profissional são um dos principais fatores geradores de estresse nos dias de hoje. Por isso, é cada vez mais comum promover ações em conjunto com clientes corporativos, com o objetivo de estruturar um programa de combate ao estresse direcionado a seus funcionários. Para garantir o sucesso dessa iniciativa, a equipe de saúde da operadora deve trabalhar em sinergia com os profissionais de RH das empresas. Entre as ações estão a prática de ginástica laboral, palestras, discussões em grupo, além de eventos de convivência fora do ambiente da empresa. Aliás, a própria operadora pode (e deve) aplicar essas ações para benefício dos seus próprios colaboradores.
Estas são apenas ideias, que podem ser ampliadas e adaptadas à realidade de cada operadora. O importante é não deixar de agir agora mesmo para ajudar a promover hábitos e atitudes saudáveis que podem tornar a vida de todos um pouco menos estressante. Compartilhe conosco sua experiência e comente a respeito dos resultados obtidos por suas ações de combate ao estresse.
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