Apenas 12% dos casos de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são diagnosticados no Brasil

No Brasil, a estimativa da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) é de que pelo menos 6 milhões de pessoas têm a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Porém, apenas 12% dos casos são diagnosticados, e destes 18% seguem o tratamento médico.

A DPOC é a doença respiratória crônica mais encontrada no mundo. De acordo com o relatório mundial Global Burden of Disease (GBD) de 2019, da publicação científica The Lancet., DPOC subiu da 11ª posição do ranking de DALYs para o sexto lugar em 30 anos. O período estudado foi de 1990 a 2019. O indicador DALY (Disability Adjusted Life Years) pode ser traduzido livremente para anos de vida perdidos ajustados por incapacidade. Ele mede o efeito da mortalidade e dos problemas de saúde que afetam a qualidade de vida. Em 2019, a DPOC causou 3,28 milhões de mortes e 74,43 milhões de DALYs.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é a terceira principal causa de morte no mundo. Foram 3,23 milhões de óbitos em 2019. Entre os principais fatores de risco, estão o tabagismo e poluição ambiental. E por este motivo, é importante que as operadoras de saúde incentivem que os beneficiários parem de fumar.

Uma forma de conscientizar é através de campanhas. Imagens e gráficos podem ajudar a proteger a saúde dos fumantes passivos, ao evitar que fumantes fumem dentro de casa. Também são importantes o apoio profissional e o uso de medicamentos comprovados que podem dobrar a chance de um usuário parar.

Um exemplo de medida que pode funcionar é a da operadora de saúde Sepaco, que promove um programa de Combate ao Tabagismo. É ofertado um trabalho de terapia grupal, sob orientação de psicólogos, com duração de quatro meses. São realizados encontros de 50 minutos a cada 15 dias. Os fumantes precisam de apoio e incentivo para largar o hábito.

DPOC dobra os riscos de AVC

A DPOC promove o declínio progressivo da função respiratória. Além de acarretar na diminuição da circulação de oxigênio no sangue e aumenta a quantidade substâncias inflamatórias pelo corpo.  A doença aumenta o risco de infarto e dobra o de AVC. Os portadores podem ter fraqueza muscular, raciocínio prejudicado e até desenvolverem depressão.  Somente em setembro de 2021, 5.010 pessoas foram internadas nos hospitais do SUS, em todo o Brasil.

No início, a DPOC pode ser confundida como um resfriado, pois alguns sintomas são tosse e secreção nasal. Com a evolução da doença, os sintomas pioram e se tornam mais constantes. O doente pode sentir falta de ar até para fazer atividades corriqueiras, como tomar banho, trocar de roupa, varrer a casa.

Tabagismo é uma das principais causas de DPOC

O tabagismo é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da DPOC. Por dia, 443 pessoas morrem no Brasil devido a problemas de saúde relacionados ao tabagismo. Do total de óbitos, 37.686 são causadas pela doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Uma parte do total das mortes é causada pelo tabagismo passivo. As informações são de 2020 e constam no site da Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria (IECS). Além de prevenir o retardar a doença, deixar de fumar proporciona 4,81 anos de vida sem problemas cardíacos

Além do hábito de fumar e o fumo passivo, foram identificados como fatores de risco: poluição do ar doméstico por combustíveis sólidos, material particulado, ozônio, baixas e altas temperaturas.

Cuidados para conquistar mais qualidade de vida

Não há cura para a DPOC. Mas o diagnóstico e o tratamento precoce podem retardar a progressão dos sintomas. Existem várias ações que os doentes podem adotar para melhorar a saúde e controlar DPOC. Além de parar de fumar, é importante realizar exercícios regulares, tomar vacinas contra gripe, pneumonia e Covid-19.

É importante manter uma alimentação saudável, ao se evitar alimentos com teor baixo em açúcar. É importante que o doente mantenha o peso. Quando se está acima, o coração e pulmões precisam trabalhar mais. E ao estar abaixo, é importante ingerir nutrientes suficientes para obter a energia necessária.

Ao se controlar outras doenças crônicas, como diabetes e obesidade, é possível melhorar a qualidade de vida e viver melhor com a DPOC. Por isso é importante trabalhar grupos de medicina preventiva. Pode-se inserir um paciente obeso com DPOC em um grupo sobre alimentação saudável ou para a perda de peso.

É importante usar a fisioterapia para melhorar os sintomas, especialmente nos pacientes de mais idade. A intervenção fisioterapêutica, se for iniciada imediatamente após o diagnóstico da DPOC e realizada com regularidade, é capaz de minimizar consideravelmente os efeitos nocivos da obstrução na qualidade de vida do paciente.

Saiba mais sobre o Previva

Através da medicina preventiva é possível proporcionar mais qualidade de vida aos beneficiários, além de reduzir custos das operadoras de saúde. São reduzidas as complicações decorrentes de doenças crônicas e internações. Nos cuidados com o DPOC, pode-se atuar de várias maneiras.

Pode-se criar grupos para tabagistas, com uma equipe multidisciplinar, com médicos, terapeutas, enfermeiros. Ou inserir os doentes de DPOC em grupos de outros tipos de doenças crônicas. Não é raro que alguém tenha mais de uma doença crônica. E ainda criar programas específicos para DPOCs, em que é possível focar em ações mais direcionadas ao controle da doença, como acompanhamento de fisioterapeutas para melhorar a capacidade respiratória. Pode-se promover também grupos de discussão periódicos sobre a doença. Uma ideia é organizar os encontros com palestras de profissionais de saúde, seguidas por uma roda de conversa, em que pacientes podem trocar experiências sobre o tratamento e sobre como é conviver com a doença.

Para auxiliar no gerenciamento destes programas, pode-se utilizar o software de medicina preventiva Previva. Com ele, é possível monitorar todos os pacientes em tratamento, extrair relatório sobre o progresso, conferir se consultas de rotina e exames estão em dia.

Com o Previva, a equipe também pode verificar pacientes que se encaixam no perfil, principalmente se têm predisposição ao desenvolvimento de outras doenças crônicas. E também em pacientes que combinam outros fatores de risco, como obesidade ou hipertensão.

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