Alimentação no foco da Atenção Primária à Saúde das operadoras de plano de saúde.
Um dos principais conceitos da Atenção Primária à Saúde é cuidar das pessoas, para prevenir doenças. Inclui uma ampla gama de serviços que vão desde a promoção e prevenção até o controle de doenças e cuidados paliativos. Por isso, a alimentação é tão importante para que as ações da Atenção Primária à Saúde cumpram seu papel de promover qualidade de vida e reduzir custos com o tratamento de doenças.
E é sobre a alimentação de crianças e adolescentes que trata esse texto, pois quanto antes os bons hábitos fizerem parte do dia a dia da população, melhores serão os resultados a longo prazo. Vamos falar sobre como está a alimentação dos mais jovens hoje em dia, mostrar programas da Unimed Grande Florianópolis e da Unimed Blumenau e como a tecnologia pode contribuir para incentivar hábitos mais saudáveis.
Definição do paladar
O paladar é definido na infância. Mas é na adolescência que se ganha a liberdade para escolher o que comer. E esse poder de escolha não tem sido bem aproveitado. Uma pesquisa apontou o alto consumo de alimentos ultraprocessados ou com alto teor de sódio e açúcares, e baixa ingestão de cálcio, fósforo e vitaminas E e A. Estes hábitos ruins podem acarretar problemas na vida adulta, como diabetes, ou, ainda, quando adolescentes, como a obesidade. Os prejuízos à saúde se refletem também em custos assistenciais maiores.
As informações são do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica). Coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o estudo entrevistou 75 mil estudantes entre 12 e 17 anos, de 1.247 escolas brasileiras, públicas e particulares, de 122 cidades em 2016. Foi constatado que os alimentos mais consumidos pelos adolescentes são arroz, feijão, sucos e refrescos, pães e carne bovina. Porém, também se destacam os alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, salgados fritos e assados, e biscoitos doces e salgados. E o consumo de frutas é baixo.
A má alimentação reflete nos índices altos de obesidade e de outros problemas de saúde. O estudo Erica aponta que 1/5 dos adolescentes hipertensos poderiam não ter esta condição se não fossem obesos.
Muito refrigerante e poucas vitaminas
A alimentação do adolescente não é muito regrada. O estudo observou uma redução na ingestão de leite e um aumento no número de refrigerantes e sucos artificiais. Muitos comem uma quantidade excessiva de lanches e fast foods, que tem um alto teor de gordura e sódio, poucas fibras e vitaminas.
Mais de 80% dos adolescentes ingerem uma quantidade maior de sódio que o necessário. Quanto ao açúcar livre, tanto as meninas quanto os meninos consomem duas vezes que o recomendado pelo Ministério da Saúde. Isso pode ser explicado pelo número elevado de doces, sobremesas e bebidas açucaradas. Quanto ao consumo de água, 18,9% consomem apenas um a dois copos. As meninas também consomem quantidade inadequada de ferro.
Problemas de saúde
A adolescência é um período importante para o desenvolvimento do ser humano e deve estar em pauta quando se fala em ações de Atenção Primária à Saúde. Já que é durante esse período que ocorre uma transformação corporal e cognitiva, ocorre o pico da velocidade de crescimento e da massa óssea. Por isso é natural um consumo maior de calorias. Mas quando em excesso, pode se transformar em gordura.
A Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 estima que 19,4% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estão acima do peso, e 6,7% estão obesos. Entre as garotas, a porcentagem fica em 22,9% para excesso de peso e 8%, para obesidade. Entre os garotos, 16% e 5,4%, respectivamente. A preocupação com a obesidade levou os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) a firmarem um acordo para combater o aumento do diabetes e da obesidade entre adultos e adolescentes.
Em 2020, 7,5% das crianças menores de 5 anos viviam com excesso de peso na América Latina e no Caribe. A estimativa foi feita pela UNICEF, a OMS e o Banco Mundial. O cálculo atual é que três, em cada dez crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, têm excesso de peso.
Uma má alimentação pode levar a problemas como obesidade, diabetes, colesterol alto, anemia e hipertensão. E também pode servir como gatilho para o desenvolvimento de transtornos como anorexia, bulimia e compulsão alimentar.
Mudança de hábitos
Os pais e responsáveis têm de dar o exemplo aos adolescentes e priorizar uma alimentação rica em verduras, frutas e comida de verdade. Um outro ponto importante é realizar as refeições em família e evitar comer em frente à televisão, computador, vídeo game ou celular. A OMS recomenda que a ingestão de açúcar seja 10% a menos do total de calorias diárias e o consumo de sal deve ser menor que 5g.
Consciência alimentar
A Unimed Grande Florianópolis, por meio do programa Movimento Unimed, oferece grupos de apoio em diferentes fases da vida, um deles é o Consciência Alimentar. O objetivo do grupo é mostrar que manter a alimentação equilibrada é uma questão de hábito, que pode ser modificado em qualquer momento da vida.
A programação consiste de 10 encontros uma vez por semana, com a duração de 1 hora e meia, facilitados por profissionais de Educação Física, Nutrição e Psicologia, onde são fornecidas informações/orientações acerca de nutrição, estratégias para mudanças comportamentais e exercício físico.
A Unimed Blumenau, disposta a proporcionar bem-estar aos beneficiários durante o ano todo, também mantém programas que auxiliam na manutenção da saúde e usa a tecnologia do Previva para gestão dos participantes. Um deles é o Programa Viver Bem, que tem o intuito de prevenir problemas de saúde ou complicações de problemas já existentes.
Cuidados e orientações
Prevenir é sempre a melhor política para evitar problemas de saúde na idade adulta e é um dos focos da Atenção Primária à Saúde.
Com medidas simples, é possível prevenir doenças e evitar possíveis gastos futuros. Cabe aos profissionais orientar as famílias sobre a importância da adoção de uma dieta balanceada e saudável e a prática regular de exercícios físicos.
Com o software de gestão de promoção da saúde Previva, sua operadora pode mapear o perfil dos beneficiários e identificar a quantidade de beneficiários com doenças crônicas, em especial os adolescentes obesos e com sobrepeso. Estas informações são importantes para criação de planos de ação ou até mesmo de programas para incentivar hábitos saudáveis.
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