Brasil fica abaixo da média global no Índice Global de Saúde da Mulher em 2021
O Brasil ficou na 104º posição no ranking do Índice Global de Saúde da Mulher em 2021. A pesquisa é realizada pela empresa de tecnologia médica Hologic, desde 2020, em parceria com a Gallup. A média global foi de 53 pontos e foram pesquisados 122 países.
O Brasil obteve a pontuação 44, quando o máximo é de 100 pontos. O país perdeu seis pontos, em relação ao ano passado, na questão da saúde emocional. Também caiu seis pontos em necessidades básicas. E ficou atrás de outros países da América do Sul, como Chile (53º), Argentina (60º), Colômbia (100º) e Bolívia (101º).
A pontuação é aferida através de perguntas às mulheres em cinco categorias: saúde geral, cuidados preventivos, saúde mental, segurança e necessidades básicas, como alimentação e abrigo. Para os pesquisadores, as cinco principais áreas avaliadas podem explicar o porquê da maior parte da variação na expectativa de vida entre as mulheres. Uma das descobertas é que as mulheres que visitaram um profissional de saúde no ano anterior tinham uma expectativa de vida 2 anos maior.
Saúde e o Índice Global de Saúde da Mulher
De acordo com a OMS, entre 30% e 50% de todas as mortes por câncer são evitáveis. De acordo com a pesquisa, menos de 1 em cada 8 mulheres passaram por exames para a detecção de câncer no ano anterior. Ou seja, apenas 12% das mulheres em 2021 foram testadas para qualquer tipo de câncer nos últimos 12 meses. Isto significa que mais de 2 bilhões de mulheres do mundo não foram testadas.
Quanto à pressão arterial, apenas uma em cada três mulheres passou por procedimentos de rastreamento. Somente 34% das mulheres afirmaram que foram testadas para pressão alta. Isto significa que aproximadamente 1,7 bilhão de mulheres não foram testadas para pressão alta. Em quase 50 países e territórios, menos de 10% das mulheres disseram ter feito o teste de câncer no ano anterior.
Do total de 100 pontos, nenhum país obteve mais que 70 pontos em 2021. Taiwan, Letônia, Áustria e Dinamarca ocuparam os primeiros lugares. E apenas três países pontuaram menos de 40 pontos: Afeganistão, Congo e Venezuela.
Saúde mental
Quanto à saúde mental, em 2021 as mulheres estiveram mais estressadas, preocupadas, irritadas e tristes do que em 2020. Ou mesmo, em qualquer momento da última década.
A diferença de renda entre as mulheres em países desenvolvidos e subdesenvolvidos quase dobrou entre 2020 e 2021. Diminuiu a capacidade das mulheres de atender às suas necessidades básicas, como comprar comida. No entanto, a dos homens permaneceu igual.
As mulheres formaram um dos grupos mais vulneráveis durante a pandemia. Muitas tiveram uma sobrecarga de trabalho, ao cuidar dos afazeres domésticos, trabalhar home office e cuidar da educação dos filhos, quando as escolas estavam fechadas. Uma pesquisa publicada em março na revista científica britânica “The Lancet” apontou que mulheres foram mais afetadas durante a pandemia que os homens nos aspectos: desemprego, trabalho não remunerado, educação e violência de gênero. A pesquisa analisou dados de 193 países entre março de 2020 a setembro de 2021.Em setembro de 2021, 26% das mulheres e 20% dos homens contaram ter perdido o emprego.
Dentro deste cenário, a saúde mental das mulheres foi bastante afetada. No primeiro ano de pandemia de Covid-19, as taxas de suicídio no Brasil aumentaram entre mulheres (7%) e idosos (9%). Os dados são de um estudo da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS) e da Unisinos.
Previva
Conforme apontam as pesquisas, mulheres que vão ao médico regularmente têm uma melhor condição de saúde e expectativa de vida. No entanto, a saúde da mulher foi negligenciada nos últimos anos. Por isso, é importante incentivar a realização de exames periódicos, a melhor maneira de detectar doenças precocemente.
As operadoras devem redobrar campanhas para alertar os beneficiários. Quanto mais tarde descoberto, mais difícil as chances de cura e tratamento. Uma outra forma, é através de programas que previnem o câncer, como o combate a obesidade e ao tabagismo.
A plataforma de Medicina Preventiva Previva é uma excelente ferramenta para auxiliar no gerenciamento de programas. Com o software, os médicos podem acompanhar os exames feitos pelo paciente, o histórico e o tratamento. É possível saber se o paciente já teve câncer, o que torna ainda mais importante a realização de exames preventivos.
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