O Carnaval de rua pode estar cancelado em várias capitais e cidades no Brasil, devido à pandemia de Covid-19. Mas, a festa deve acontecer em clubes e blocos privados. Por isso, é importante falar dos cuidados que precisam ser mantidos para garantir a segurança dos foliões. Apesar de algumas recomendações serem reforçadas agora, devem ser adotadas continuamente a fim de se manter uma vida saudável.

Cuidados no Carnaval contra a Covid-19

Apesar das festas privadas estarem liberadas em boa parte dos estados, ainda estamos em uma pandemia e é necessário manter alguns cuidados no Carnaval. O número de contaminados com Covid-19 aumenta sempre depois dos feriados, geralmente após 10 ou 12 dias. A variante Ômicron, que é a que circula hoje, é a mais contagiosa. A estimativa é que um infectado contamine até 10 pessoas; com a variante Delta, por exemplo, são sete. Atualmente também circula uma mutação do vírus da gripe (H3N2), cujos sintomas são semelhantes aos da Covid. 

Os dados do Ministério da Saúde apontam que aumentou, nas primeiras semanas de janeiro, em 135% os casos de síndromes respiratórias graves. A comparação foi feita com o final de novembro. No dia 22 de janeiro, foram notificadas 202.466 infecções. Estes números são do consórcio de imprensa, que apontou um aumento de 324% em relação a duas semanas anteriores. 

Após o carnaval deve haver um aumento no número de casos. E pode se repetir o aconteceu em janeiro: filas de espera para atendimento médico, falta de medicamentos e de insumos para testes rápidos em farmácias, testes destinados somente a casos graves. É importante reforçar que ainda não existe um tratamento para a Covid-19. As pessoas devem efetuar a vacinação com duas doses e, posteriormente, mais uma de reforço. 

A Covid-19 pode deixar sequelas, que necessitem de fisioterapia, acompanhamento nutricional, entre outros cuidados, ou seja, a doença pode comprometer a qualidade de em médio e longo prazo e também aumentar custos assistenciais das operadoras de saúde.  Como cuidados, é importante lavar as mãos com frequência. Caso não seja possível, pode-se usar um antisséptico à base de álcool em gel. Não compartilhe copos e garrafas. Para as festas, é importante se escolher um local aberto. O uso de máscaras é indispensável. Abaixo, confira outros cuidados para o Carnaval. 

Proteja-se do Sol

Nem todas as festas de Carnaval acontecerão em lugares cobertos. Por isso, é importante tomar alguns cuidados com o sol. Um deles é quanto ao uso de protetor solar, que deve ser utilizado diariamente. 

A radiação solar pode provocar graves queimaduras e até levar a um quadro de insolação, que pode ser fatal. Os sintomas de insolação podem ser desde dor de cabeça, enjoo e sensação de mal-estar, até os mais graves, como desidratação, desmaio e convulsões. O tratamento pode exigir hospitalização e a insolação pode causar danos nos órgãos vitais, como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o cérebro.

Além do protetor, também é recomendado chapéus ou bonés para proteger o couro cabeludo, óculos com proteção UV.  O protetor previne manchas solares, melasma, envelhecimento precoce, câncer da pele e o melanoma. Em 2021 no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima sejam diagnosticados 176.930 novos casos de câncer de pele basocelular e espinocelular (os dois tipos mais comuns). São previstos 83.770 em homens e 93.160 em mulheres.

Maquiagem

Tenha cuidados no Carnaval também com a sua maquiagem. É importante usar produtos de qualidade na pele. Uma maquiagem ruim pode danificar a pele, causar alergias e irritações. Também não se compartilha maquiagens, sob o risco de contrair conjuntivite e herpes. A herpes labial não tem cura e pode deixar cicatrizes. Se ocorrer próxima aos olhos, pode levar a cegueira.

Evite exageros

O consumo de álcool sempre é alto no Carnaval. O ideal é que seja sempre de forma responsável. Durante o feriado, aumenta o número de mortes e acidentes de trânsito. Embora não se possa afirmar que todos estejam relacionados ao abuso do álcool, pode-se dizer que dirigir sob a influência da substância é extremamente perigoso. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou, nas rodovias federais, em 2021, 600 casos de embriaguez ao volante. Em 2020, foram 3.285. 

Beber em excesso pode levar ao coma alcoólico e a morte. O álcool vicia e causa danos ao organismo. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), morrem 3 milhões de pessoas no mundo anualmente devido ao uso nocivo do álcool. E também é fator que causa mais de 200 doenças e lesões, além de transtornos comportamentais e mentais. 

É importante orientar para não combinar o álcool com energéticos. A combinação traz um risco sério de insônia, arritmia e até convulsões.

Infecções sexualmente transmissíveis 

Um outro cuidado a se ter durante o carnaval é com o contágio por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A prevenção é através do uso de preservativos.  Em 2020, foram notificados 29,9 mil casos de Aids no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. 

Em 2019, 1 milhão de pessoas afirmaram terem sido diagnosticadas com Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Os dados são dos Módulos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). As ISTs são um grave problema, impactam sobre os sistemas públicos e privados de saúde e interferem na qualidade de vida. Dependendo da doença, pode causar graves complicações, como infertilidade, e levar ao óbito. 

Prevenção

Através da prevenção e orientações corretas se aumenta a qualidade de vida e se diminuem os gastos com a saúde. Com o software de medicina preventiva da Previva, é possível verificar como está sendo utilizado o plano de saúde, saber quais exames os pacientes fizeram nos últimos meses e se passaram por alguma internação recentemente. Também pode-se criar campanhas para os pacientes dentro de grupos de risco. 

No caso do Carnaval, a operadora pode mapear beneficiários em faixas etárias mais jovens para promover campanhas educativas e de prevenção relativas ao período de festa. Investir em prevenção é sempre uma boa ideia! 

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