Diabetes cresce entre as mulheres e a menopausa pode ser fator de risco
Mulheres com diabetes têm 60% a mais de risco de morte prematura que uma pessoa sem complicações. Este é o resultado de uma pesquisa britânica apresentada na Associação Europeia para o estudo do Diabetes (EASD), em Estocolmo. Os pesquisadores analisaram dados de moradores de Salford, na Inglaterra, colhidos entre 10 anos (2010 e 2020).
Os homens têm um risco 44% maior de morte precoce. O pesquisador atribui esta diferença porque as mulheres desenvolveram a diabetes tipo 2 mais tarde, quando já estavam na menopausa e com problemas cardiovasculares.
Apesar de o número de diabéticos ser maior entre as mulheres, o número de internações é mais elevado entre os homens. A metanálise Systematic review and meta-analysis of the effectiveness of pre-pregnancy care for women with diabetes for improving maternal and perinatal outcomes, publicado em 2020, destaca que o corpo da mulher tem uma maior resistência à insulina. E isto pode levar a o diabetes tipo 2. E pode ocorrer pela composição do corpo feminino, que tem mais gordura.
Os dados da pesquisa Vigitel 2021 revelam que o diagnóstico de diabetes alcançou 9,1% entre os entrevistados, sendo maior entre as mulheres, com 9,6%. Dos homens, 8,6% foram diagnosticados como diabéticos. A condição aumentou intensamente com a idade e diminuiu com o maior nível de escolaridade. Quando comparado com 2020, o percentual aumentou em 11,47%. O número de diabéticos cresceu 23% em dois anos.
Diabetes e a menopausa
O estudo Age at menopause, reproductive life span, and type 2 diabetes risk: results from the EPIC-InterAct study associa a menopausa precoce com o aumento do risco do diabetes tipo 2. Na pesquisa, foi concluído que a chance de desenvolver diabetes tipo 2 foi 32% maior em mulheres que entraram na menopausa antes dos 40 anos de idade, quando comparado com as mulheres que iniciaram aos 50-54 anos.
Na menopausa, há uma redução do metabolismo da mulher e pode haver ganho de peso. Isso pode resultar em uma maior chance de ocorrer a resistência insulínica, e consequentemente, ter dificuldade de controlar a diabetes. As mulheres diabéticas têm um risco quatro a seis vezes maior de desenvolver doença cardiovascular. E quando se entra na menopausa, o risco aumenta.
O risco do diabetes na gravidez
A mulher também pode desenvolver diabetes durante a gravidez, a chamada diabetes gestacional. Ela ocorre em cerca de 4% das grávidas, mas, geralmente, é curada naturalmente após o parto. Porém, esta gestante pode desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.
Além disso, a diabetes gestacional leva a uma gravidez de risco e a um possível parto prematuro. Por isso, é importante manter os cuidados com a alimentação, a prática de atividades físicas e realizar acompanhamento da glicemia mesmo após ter o bebê.
E para quem já tem diabetes, é importante planejar uma gravidez para evitar riscos. É mais seguro engravidar com níveis de hemoglobina glicada e glicose controladas. Diabetes descontrolada pode levar a má-formação fetal, peso excessivo de feto e parto prematuro.
Custos com diabetes pode chegar a US$ 5,47 bilhões
O custo total da diabetes pode chegar a US$ 5,47 bilhões (cerca de R$ 27,35 bilhões) até 2030 no Brasil até 2020, de acordo com um estudo de cientistas da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP e da Unicamp.
Hoje, os custos superam US$ 2,1 bilhões. E destes US$ 633 milhões são para gastos diretos e US$ 1,5 bilhão para gastos indiretos com a doença. As informações estão na Folha de S. Paulo.
Os gastos médicos considerados pelo estudo incluem internações, atendimento ambulatorial e remédio popular, entre outros. São gastos US$ 232,8 milhões com hospitalizações. Destes, 81,4% são gastos relacionados com internações. E os outros 18,6% estão relacionados com a diabetes como causa primária. Os homens representam 53,3% dos gastos com internações. Por idade, são maioria pessoas com ou mais de 55 anos. Quanto aos gastos indiretos, os pesquisadores analisaram três fatores: absenteísmo, morte prematura e aposentadoria precoce.
O que as operadoras podem fazer?
Muitos casos de diabetes tipo 2 e gestacional poderiam ser evitados caso fosse adotado um estilo de vida mais saudável. É inegável que o histórico familiar e a idade são fatores de risco para desenvolvimento da doença, assim como a obesidade e sobrepeso, o sedentarismo, o tabagismo e o consumo de álcool. O envelhecimento e a menopausa somado a estes fatores aumentam o risco.
As operadoras podem criar programas e projetos para incentivar a prática de atividades físicas e hábitos alimentares mais saudáveis. Em alguns casos, a adoção destes cuidados pode resultar na redução de medicamentos, corte de custos com internações e com doenças correlacionadas. Mas, para que estas medidas surtam o efeito desejado, é importante que sejam voltadas ao público correto. O uso de tecnologia pode garantir que se atinja este objetivo.
O Previva é um software de medicina preventiva, desenvolvido para facilitar o planejamento, a execução e a avaliação de programas de medicina preventiva e promoção da saúde. Ele pode ser usado para aprimorar as práticas de gestão de pacientes crônicos e atenção primária, com soluções completas para auxiliar na racionalização dos custos.
Com o software, é possível realizar o levantamento de perfil epidemiológico, realizar a classificação de risco desses pacientes, incluí-los em protocolos de monitoramento específicos e gerenciar seus resultados com indicadores de saúde e de custo. Com orientações corretas, o paciente ganha qualidade de vida e se reduz os custos do plano de saúde.
Para saber mais, acesse o site www.previva.com.br
Entre em contato
Solicite uma demonstração ou deixe sua mensagem
Ficou com dúvida sobre o Previva?