Dislipidemia aumenta o risco para o desenvolvimento de várias outras doenças
A dislipidemia é fator de risco para várias doenças e muitos pacientes acabam não levando a sério. A condição aumenta o risco cardiovascular e o desenvolvimento de aterosclerose (obstrução das artérias por placas de gordura), o que pode causar infartos.
Um estudo no Reino Unido descobriu também que a maioria dos pacientes com AVC tinha pelo menos um fator de risco que não havia sido diagnosticado. O fator mais encontrado foi a dislipidemia. Anualmente de 32.000 pessoas morrem por AVC no Reino Unido, sendo uma das principais causas de morte e incapacidade
A descoberta, apresentada na Academia Europeia de Neurologia, foi feita durante uma análise dos registros de saúde de 4.354 pacientes com AVC. De acordo com os dados, 61,4% dos pacientes com AVC apresentavam dislipidemia, enquanto 23,7% apresentavam pressão alta e um em cada 10 apresentava fibrilação atrial.
A dislipidemia também pode ser um dos motivos para o acúmulo de gordura no fígado e a gordura excessiva nesse órgão é um problema de saúde que afeta cerca de 25% da população mundial, de acordo com um estudo publicado recentemente pela revista britânica Nature.
Outras complicações causadas pela dislipidemia
A dislipidemia pode causar outras complicações, como a perda de membros. O número de amputações cresceu 53% em dez anos. Em 2012, uma média de 58 cirurgias desse tipo por dia, contra média de 79 em 2019. Atualmente, a cada 60 minutos três pessoas têm o pé ou a perna amputados. Os dados são da Associação Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Este aumento, principalmente em 2021, está relacionado à falta de cuidados dos doentes crônicos, devido à pandemia.
A principal causa de amputações é a diabetes, mas também são fatores a dislipidemia, assim como tabagismo, hipertensão arterial, idade avançada, insuficiência renal crônica, estados de hipercoagulabilidade e histórico familiar.
A insuficiência cardíaca (IC) afeta 2 milhões de brasileiros e entre os fatores de risco principais estão a dislipidemia, a doença de Chagas, diabetes e hipertensão.
Cuidados com a alimentação
Existem vários medicamentos que podem ser utilizados para tratar dislipidemia. Mas, a atividade física e uma boa alimentação são importantes. Para comer de forma saudável, deve-se evitar alimentos processados e ultraprocessados, apostar em comida ricos em ômega 3, como os peixes de água fria e óleo vegetal. Também deve-se ingerir cereais integrais, vegetais, frutas e fibras solúveis.
Uma alimentação rica em gorduras trans e saturadas e pobre em ácidos gordos essenciais, fibras e fitonutrientes tem grandes chances de gerar um desequilíbrio lipídico. As “gorduras boas”, fibras e fitonutrientes podem ser encontrados em legumes e vegetais, nos peixes gordos, no azeite e em frutos secos oleaginosos.
Crianças e a dislipidemia
Entre 30 a 40% das crianças e adolescentes brasileiros têm dislipidemia segundo o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica). A condição está relacionada a fatores genéticos, obesidade, baixo nível de atividade física, alimentação rica em açúcar e gorduras.
O ideal é que a dosagem do perfil lipídico comece a partir dos 10 anos. Porém, se existe história familiar precoce para aterosclerose , fator de risco cardiovascular ou sinal clínico compatível com dislipidemias primárias graves, a dosagem pode começar aos 2 anos.
O ideal é incentivar a prática de atividades físicas e adotar melhores hábitos alimentares. Um estudo brasileiro publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics revela que os jovens que comiam uma maior quantidade de alimentos ultraprocessados tinham 45% mais chance de se tornarem obesos e 63% mais chance acúmulo de gordura entre os órgãos, que pode levar a dislipidemia e outros graves problemas de saúde. Para chegar a este resultado, os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) os jovens foram divididos em três grupos de acordo com a quantidade ingerida desses produtos.
Saiba mais sobre o Previva
Para evitar o desenvolvimento de dislipidemia ou evitar que agravamento da condição, pode-se apostar na medicina preventiva. O médico, ao avaliar o paciente, pode recomendar a ele um programa de prevenção. Pessoas obesas têm uma maior predisposição a desenvolver dislipidemia. Elas podem integrar um grupo para a perda de peso saudável. Também é possível criar programas para incentivar a prática regular de exercícios. A atividade física previne a formação de placas de gordura, além de melhorar a condição cardiovascular, a pressão arterial, o nível de estresse do indivíduo e ajuda na perda de peso.
Outra medida é o combate ao tabagismo. O fumo também é um fator de risco para o desenvolvimento da dislipidemia. Além de proporcionar uma melhora geral na qualidade de vida, a implantação de programas para ajudar a parar de fumar é essencial para reduzir a incidência desta e de outras doenças crônicas, como doenças respiratórias.
Para auxiliar no gerenciamento de programas, pode-se usar o software de medicina preventiva Previva. Com o sistema, é possível avaliar como tem sido o desempenho dos pacientes em tratamento e criar métricas. Também pode-se extrair relatório sobre o progresso, conferir se consultas de rotina e os exames estão em dia.
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