Doença de Alzheimer: um quarto dos casos não é diagnosticado
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 55 milhões de pessoas vivem no mundo hoje com demência. São 10 milhões de casos novos anualmente. Do total, entre 60 e 70% são relacionados à Doença de Alzheimer. No Brasil, a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) estima que existem 1,2 milhão de casos, a maior parte sem diagnóstico.
Ainda segundo a OMS, a demência é a sétima causa de morte entre todas as doenças e a maior causa de incapacidade e dependência dos idosos no mundo. O número de pessoas com demência deve aumentar para 78 milhões em 2030.
A doença geralmente acomete pessoas acima de 65 anos, principalmente mulheres (provavelmente por terem uma expectativa de vida maior). Outro fato é que o número de idosos no Brasil deve aumentar. De acordo com U. S. Census, mais de 21% da população brasileira será de idosos em 2050, com consequente aumento de casos de demência.

Sintomas
O doente de Alzheimer pode ter sintomas como alterações de memória, raciocínio e concentração; desorientação quanto ao tempo e espaço. Existem três estágios. O mais grave pode incluir dificuldades em comer e na deglutição, incapacidade de se comunicar e andar, incontinência urinária e fecal.
Não é raro que os sintomas do envelhecimento sejam confundidos com o estágio inicial da doença. Por isso é tão difícil detectá-la. O diagnóstico é feito através de uma avaliação clínica, exames laboratoriais e avaliação de imagem do sistema nervoso central. Segundo a federação Alzheimer’s Disease International, um quarto das pessoas no mundo não são diagnosticadas. A doença não tem cura, é fatal, mas é possível retardar os sintomas.
Não se sabe quais as causas do Alzheimer, porém já foram identificadas lesões cerebrais características, como a produção anormal de placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide; emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau; a redução do número de neurônios e das sinapses, com redução do volume cerebral.
A primeira vez em que foi descrita foi em 1906, pelo médico Alois Alzheimer, que também deu nome à doença.
Os custos com Alzheimer
No mundo, o custo para tratar a demência foi estimado em US$ 1,3 trilhão em 2019. Para 2030, este valor deve alcançar US$ 1,7 trilhão (isto sem atualizar os aumentos atuais no tratamento). Em 2050, é esperado que chegue aos US$ 2,8 trilhões.
No Brasil, os custos indiretos mensais com doentes com Alzheimer representaram, em 2015, de 69% a 169% da renda familiar. Os dados são do artigo “Custos indiretos com demência: um estudo brasileiro”, publicado em 2015 na Revista Dementia & Neuropsychologia. A publicação também trouxe as projeções com os gastos anuais, que eram de US$ 13.468,8, US$ 18.106,8 e US$ 19.736,4 dólares nos estágios leve, moderado e grave, respectivamente.
O papel dos cuidadores
O Alzheimer tem impacto físico, psicológico, social e econômico em toda a família, não somente nos doentes. Principalmente nos cuidadores, que são, em maioria, mulheres.
As tarefas do cuidador se intensificam conforme o quadro da doença se agrava. Entre as responsabilidades, estão: higiene, alimentação, administração de medicamentos, cuidados do lar e finanças.
Fatores de risco e como atrasar a demência
De acordo a federação Alzheimer’s Disease International, é possível prevenir ou atrasar 40 % dos casos de demência se medidas forem tomadas, confira algumas:
– A federação indica 150 minutos de atividade aeróbica moderada ou 75 de intensa por semana.
– Parar de fumar. O tabagismo aumenta significativamente o risco de demência e de outras doenças.
– Não beber álcool em excesso. Ingerir bebidas alcoólicas de forma nociva está relacionado a uma série de transtornos mentais e doenças.
– Manter e cultivar amizades e laços sociais. A sugestão é entrar em um clube ou grupo de mães, por exemplo.
Outros fatores de risco são hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo. A doença de Alzheimer não é hereditária, mas ter alguém na família com a doença aumenta as chances de desenvolvê-la. Um detalhe importante é que pessoas com histórico de complexa atividade intelectual e alta escolaridade tendem a ter os sintomas da doença mais tarde.
Operadoras de Saúde
O doente precisa de um atendimento multidisciplinar. A equipe pode incluir além do médico, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista e fisioterapeuta. A medicação pode incluir os antipsicóticos, ansiolíticos, antidepressivos e medicamentos próprios para Alzheimer
Previva
O Alzheimer é uma doença crônica, fatal e que pode ser dividida em três estágios. O doente precisa dos cuidados de uma equipe multidisciplinar. Mas, se é diagnosticada precocemente, pode ser reduzida a velocidade. Conhecendo-se os fatores de risco, idade do paciente, é possível trabalhar a prevenção.
O Previva é um software de medicina preventiva, criado para aprimorar as práticas de gestão de pacientes crônicos e atenção primária, com soluções para reduzir custos. Por exemplo, o programa pode gerar alertas sobre os pacientes que estão solicitando exames laboratoriais e de imagem para o diagnóstico de Alzheimer. O objetivo é monitorar possíveis casos em fase inicial.
Saiba mais sobre a ferramenta e como ela pode auxiliar na gestão da sua operadora.
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