Operadoras de Saúde têm o maior prejuízo nos últimos 20 anos

Os resultados das operadoras de saúde de 2022 foram os piores dos últimos 20 anos, segundo dados fornecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal O Globo, o prejuízo operacional acumulado em 12 meses foi de R$11,5 bilhões. O lucro líquido, registrado pelo setor, conforme a ANS, foi de R$2,5 milhões. Ao se comparar com a receita efetiva de operações de saúde (cerca de R$237,6 bilhões), esse lucro representa apenas 0,001%. Isto seria o equivalente a R$0,01 de lucro a cada R$1.000,00 de receita.

A operadora com maior prejuízo em 2022 registrou um resultado negativo de R$1,6 bilhão. E quase metade das operadoras (43%) fecharam o ano com perdas. Segundo a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entre 2021 e 2022, as receitas dos planos cresceram 5,6%, e as despesas aumentaram 11,1%.

Em contrapartida, em 2020 e 2021, época da pandemia, o lucro foi de R$18,7 bilhões (um recorde) e R$3,8 bilhões respectivamente. Ao longo de dois anos (dezembro de 2019 a dezembro de 2022), as operadoras de saúde ganharam novos beneficiários: de 47 milhões de beneficiários passaram para 50,4 milhões. Mas isto não ajudou a aumentar a receita o suficiente.

A FenaSaúde apontou vários motivos para a queda da receita: maior frequência na utilização  dos planos de saúde; a suspensão da limitação de consultas e sessões de terapias ambulatoriais (fonoaudiólogos, psicólogos, etc); a elevação do preço de insumos médicos; a obrigatoriedade de oferta de tratamentos cada vez mais caros; a ocorrência de fraudes e a judicialização.

A reportagem do jornal O Globo lista outros motivos, como o valor das mensalidades, principalmente em grandes operadoras. Pela questão econômica do país, muitas operadoras não puderam passar o aumento dos custos para as empresas, que são os maiores contratantes do país (correspondem a 80%). O valor aumentou apenas 11%, contra 15% dos planos individualizados. E também existe o fato de empresas e pessoas físicas pedirem uma mudança para uma categoria inferior do plano, com o objetivo de não perder o benefício e pagar menos pelo contrato.

Outro ponto negativo de 2022 está relacionado ao índice de sinistralidade dos planos médico-hospitalares, que chegou a 89,21% no quarto trimestre. Uma sinistralidade elevada indica que as operadoras estão gastando uma parcela significativa de suas receitas para cobrir os serviços utilizados pelos beneficiários. Ou seja, a cada R$100,00 de receita das operadoras, R$89,21 foram destinados ao pagamento de despesas assistenciais.

Medicina Preventiva melhora a qualidade de vida e evita custos

Conforme orientação da ANS, uma forma eficiente de reduzir o impacto do custo saúde é o investimento nos serviços de Atenção Primária à Saúde e programas de medicina preventiva. Estruturar um setor focado em Atenção Integral à Saúde, cujo objetivo é a detecção precoce de doenças ou evitar o desenvolvimento de problemas de saúde. Seus resultados podem ser percebidos a médio e longo prazo.

As doenças que mais levam ao óbito no Brasil (doenças isquêmicas do coração, doenças cerebrovasculares, infecções respiratórias e a doença pulmonar obstrutiva crônica) podem ser prevenidas ou controladas com mudanças na alimentação e na prática de exercícios físicos.

O custo de um paciente com doenças crônicas é sete vezes maior em relação a um paciente saudável da mesma idade. A estimativa é da ANS, reguladora dos planos de saúde.

Um artigo publicado pela Harvard Business Review, em 2020, revelou que metade do valor gasto em saúde nos EUA é usado para tratar apenas 5% da população, que pode ser dividido em três grupos. No primeiro, entram os doentes crônicos (diabetes, problemas cardíacos, asma, doenças mentais, etc). Estes pacientes vão a emergências com frequência, se consultam com médicos e requerem hospitalização periódica. Também estão neste 5% pacientes que passaram por um episódio agudo, como um acidente, um nascimento prematuro. O último grupo são pessoas com condições médicas, como insuficiência cardíaca grave e doença renal crônica, que exigem tratamento caro e contínuo todos os anos.

Ou seja, muitos gastos relacionados a doenças crônicas poderiam ser evitados com a Medicina Preventiva. Ao se investir nela, se reduz riscos de internações e agravamentos de doenças graves, o que significa diminuição de custos para os sistemas de saúde.

Um outro dado importante é um possível aumento de internações. Segundo uma projeção do IESS, o total de internações de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares deve passar para 10,7 milhões em 2030. A previsão é de que em 2030 os planos de saúde gastem R$260,3 bilhões apenas com internações.

Previva

Para otimizar a gestão de programas de Atenção Integral à Saúde, é importante contar com um software especializado para auxiliar na análise dos indicadores de saúde dos beneficiários, na organização de eventos e programas, além de fornecer informações para mensurar o custo evitado de cada programa.

O Previva é a plataforma de Medicina Preventiva ideal. Com o software, é possível acompanhar os exames feitos pelo paciente, o histórico e o tratamento. Um importante passo para antecipar possíveis complicações. Com o software também é possível criar relatórios e acompanhar quais as partes de cada projeto que tem resultados.

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