Prevenção do câncer de mama: um alerta contra o excesso de mamografias

Apesar de ser o único método de rastreamento com efetividade comprovada e uma ferramenta essencial para a prevenção do câncer de mama, a mamografia pode oferecer risco para as mulheres caso não seja usada de maneira adequada.

prevenção do câncer de mama

É o que revela o estudo vencedor do V Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, que analisou a utilização da mamografia e seus desdobramentos em um plano de autogestão de saúde.

Segundo a pesquisadora Márcia Rodrigues Braga, autora do estudo, o uso desnecessário da mamografia não apenas prejudica a saúde da paciente, mas também sobrecarrega o sistema de saúde. O excesso de exames gera desperdício tanto de recursos financeiros quanto de alocação de equipamentos e operadores.

A conclusão é que a maior utilização da mamografia preventiva por um público mais jovem do que o ideal tem levado ao aumento de resultados falsos positivos e de exames inconclusivos, que implicam na utilização de mais exames e investigações desnecessárias.

Isso não significa o fim das mamografias

É preciso reconhecer o papel da mamografia na prevenção do câncer de mama. Afinal, trata-se do segundo tipo de câncer que mais mata no mundo. Em 2016 o Brasil registrou 58 mil casos da doença, o equivalente a 25% de todos os casos de câncer no país.

A única forma de diminuir essas estatísticas é o diagnóstico precoce. Contudo, apesar de ser a mais precisa, a mamografia não é a única forma de detectar a doença em seus primeiros estágios.

Uma alternativa é promover o autoexame por meio de campanhas e ações de medicina preventiva, além de reforçar a importância de consultar o médico com frequência. Com um pouco mais de investimento nesse sentido, procedimentos desnecessários podem ser evitados, com menos prejuízo para a saúde das beneficiárias e as finanças da sua operadora.

É claro, nos casos em que a mamografia é realmente necessária, ainda assim é possível otimizar os custos e os resultados deste exame na prevenção do câncer de mama optando por novas tecnologias de detecção. É o que mostra este artigo de pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Sua operadora tem mamógrafos em excesso?

Outra indicação de que pode ser necessário reavaliar as políticas de combate e prevenção do câncer de mama na sua operadora é a disponibilidade de mamógrafos. Segundo a pesquisadora Márcia Rodrigues Braga, este número costuma ser muito superior do que o necessário.

Ela cita estatísticas do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) que indicam a existência de mais de 1,7 mamógrafo para cada grupo de 100 mil pessoas em pelo menos dez estados brasileiros. É mais de quatro vezes a média recomendada pelo Ministério da Saúde, de 0,42 mamógrafo para cada 100 mil pessoas.

A pesquisadora compara estes números com as estatísticas de controle e prevenção do câncer de mama no Reino Unido, onde há em média 0,88 mamógrafos por 100 mil pessoas. O que indica, claramente, que os investimentos em prevenção do câncer de mama não estão sendo bem aplicados no Brasil.

Repense suas ações de prevenção do câncer de mama

Aproveite as informações deste artigo e se aprofunde no assunto lendo com atenção os estudos indicados. A prevenção do câncer de mama na sua operadora deve ser focada em resultados, levando em conta a qualidade de vida das beneficiárias e o controle dos custos assistenciais.

Procure organizar seus programas e ações de Promoprev com o auxílio de um sistema especializado na gestão de medicina preventiva. Veja como outras operadoras já estão usando a tecnologia da informação para otimizar os resultados na prevenção do câncer de mama.

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