Qualidade do sono e obesidade: é preciso acordar para essa relação
Está comprovado: dormir mal engorda!
Sabemos que a relação entre qualidade do sono e obesidade já foi amplamente estudada pelos pesquisadores da área de saúde. Mas eu aposto que a maior parte dos beneficiários da sua operadora não têm sequer ideia disso!
Então que tal começar a trabalhar essa questão em seus programas de medicina preventiva?
Em grande parte das operadoras, as estratégias mais comuns de combate à obesidade são incentivar a atividade física e promover a reeducação alimentar.
Dessa forma, muitos gestores de medicina preventiva acabam focando nessas duas áreas e ignoram o papel crucial do sono para a manutenção de uma vida saudável.
Por que dormir bem é tão importante
Dormir bem é fundamental para manter o bom funcionamento e equilíbrio de diversas funções orgânicas. Além do relaxamento que proporciona, o sono também serve para conservar energia, restaur tecidos, organizar a memória e fortalecer o sistema imunológico, além de influenciar na quantidade de secreção do hormônio do crescimento em crianças e adolescentes.
Quando falamos especificamente em obesidade, o imaginário popular logo relaciona o sono com sedentarismo e inatividade física. Mas não é bem assim.
Com base na definição de comportamento sedentário, o sono pode até ser considerado uma atividade sedentária devido ao seu baixo gasto energético.
Contudo, os especialistas afirmam que o período de 7 a 9 horas de sono diário recomendado para adultos não deve ser quantificado como comportamento sedentário para a estratificação de risco para a saúde.
Apenas períodos de sono inferiores ou superiores aos recomendados devem ser considerados na quantificação de um comportamento sedentário de risco.
O senso comum leva a crer que o fato de alguém dormir pouco pode estar associado a um maior gasto diário de energia e, portanto, menor peso.
Entretanto, diversas evidências clínicas e populacionais já demonstraram que esse comportamento está fortemente associado com o excesso de peso em adultos.
Pouco sono e obesidade: dois males modernos
Dormir cada vez menos é uma tendência cada vez mais presente na sociedade moderna. Ao mesmo tempo, contudo, a literatura na área de saúde vem encontrado importantes associações epidemiológicas entre falta de sono e obesidade, além de outros problemas de saúde.
Uma das comprovações de que um sono bem regulado contribui para manter o peso e o metabolismo saudável vem de um estudo feito anualmente nos EUA há mais de 20 anos: o Wisconsin Sleep Cohort Study.
Ao analisar distúrbios do sono de 1.024 voluntários, foi identificado que os participantes com déficit de sono tinham alterações significativas nos hormônios reguladores do apetite e apresentavam um aumento no índice de massa corporal.
Ao considerar os fatores responsáveis pela nossa atual “epidemia de obesidade”, o sono é uma das variáveis que deveria ser levada em consideração ao trabalhar questões envolvendo apetite e equilíbrio de energia.
Como a falta de sono pode causar descontrole alimentar
Para um adulto, dormir menos do que sete horas por dia pode modificar o padrão endócrino que sinaliza a fome e a saciedade, alterando dessa forma as escolhas alimentares daquela pessoa.
Isso acontece por meio da diminuição nos níveis de leptina e aumento nos níveis de grelina, dois hormônios muito importantes para o nosso metabolismo.
A leptina é um mediador e regulador energético que reduz o desejo de ingerir alimentos e induz a perda de peso.
Já a grelina é um hormônio de ação rápida que tem como principal função estimular a sensação de fome.
Modificações bruscas no padrão de sono ou mesmo o hábito de dormir pouco podem levar a desajustes na produção destes hormônios que induzem o aparecimento da obesidade.
Dessa forma, chega-se à conclusão de que manter um padrão adequado de sono é um fator fundamental para o controle da massa corporal, devendo ser incentivado pelos profissionais da saúde.
Descobrindo os insones entre seus beneficiários
Se a sua operadora utiliza um sistema especializado para gestão de medicina preventiva, não é difícil descobrir quem entre seus beneficiários apresenta falta de sono como fator de risco para a obesidade.
Basta coletar os indicadores corretos e monitorá-los ao longo do tempo.
Para fazer isso, pense em incluir nos seus questionários de saúde perguntas sobre a quantidade e a qualidade do sono.
Cruzando essas informações com a evolução da massa corporal, é possível identificar quem já pode estar sentindo os efeitos nocivos da falta de sono no seu metabolismo.
A partir daí, crie ações para conscientizar essas pessoas da importância da qualidade do sono para o controle da obesidade. Você pode mandar material informativo por e-mail ou mesmo disponibilizar folhetos impressos falando sobre o assunto.
Para aqueles casos mais graves, que você pode identificar fazendo a triagem por perfil de saúde, é possível oferecer tratamentos específicos e acompanhamento médico para tentar melhorar a qualidade do sono destes pacientes.
Existem várias formas para tratar da relação entre qualidade do sono e obesidade no seu universo de beneficiários. Mas antes é importante que você, como gestor, acorde para esta realidade!
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