Saúde da mulher: números de consultas e exames para prevenção de cânceres femininos caem
Os números de consultas e procedimentos relacionados a cânceres femininos caíram no último ano na saúde suplementar brasileira. Esta constatação foi publicada no levantamento “Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2016 e 2021”, desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Entre 2016 e 2021, as consultas ginecológicas e obstétricas caíram em 13,3%, as mamografias em todas as faixas etárias reduziram em 10,6% e as internações para tratamento cirúrgico de câncer de colo de útero diminuíram para 4,9%. Nesse período, a maior parte dos usuários de planos de saúde eram mulheres. Destas, 65% tinham um plano empresarial, 20,6% individual e 13,9% por adesão.
Cânceres femininos: exames de mama diminuem
O câncer feminino que mais mata no Brasil é o de mama. E de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), neste triênio, que encerra em 2022, foram estimados 66.280 novos casos para cada ano. Ou seja, são 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Os riscos são maiores no sudeste, com 81,06 casos por 100 mil, seguido pelo Sul com 71,16 por 100 mil. A melhor forma de lidar com o câncer é através da prevenção. A detecção precoce reduz a mortalidade. E mesmo quando a neoplasia maligna é detectada precocemente e iniciado tratamento cedo, a taxa de cura é de 95%. A mamografia é recomendada pelo Ministério da Saúde para as mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos
Na saúde suplementar, foram realizadas 4,5 milhões mamografias no período levantado. Destas, quase a metade (2,1 milhões) foram feitas em mulheres entre 50 e 69 anos em 2021. Este número representa uma queda de 200 mil mamografias quando comparado a 2016. Por outro lado, é um aumento de 26,2%, em relação a 2020.
O número de exames preventivos apresentou uma queda nos últimos 5 anos, passou de 48,4% para 44,0%, na população da faixa etária recomendada. Mas entre 2020 e 2021, a queda no número, especialmente na faixa prioritária, está relacionada ao Covid-19 e ao isolamento social. Tanto que as pessoas voltam aos poucos a fazer os exames de rotina.
Exames preventivos de câncer de colo de útero de útero caem
O câncer de colo de útero é a quarta causa de morte entre as mulheres por neoplasia no Brasil. Para o triênio 2020-2022, o INCA projetou 16.590 casos por ano. São 15,43 casos a cada 100 mil mulheres. A maior incidência é no Regiões Norte (21,20/100 mil), Nordeste (17,62/100 mil) e Região Sul (17,48/100 mil).
A principal forma de se detectar este câncer é através do exame de citopatologia cérvico-vaginal oncótica, conhecido popularmente por papanicolau. O INCA recomenda que o exame seja feito a cada três anos por mulheres entre 25 e 64 anos, que já iniciaram a vida sexual.
Em 2021, na saúde suplementar, 5,6 milhões de exames Papanicolau foram realizados, uma queda de 14,3% em comparação com 2016. Nesse ano, 46,6 a cada 100 mulheres na faixa etária priorizada realizaram o preventivo. Em 2020, 39,8 a cada 100 fizeram o exame. Uma outra forma de prevenir é através da vacinação. Em 2017, o Ministério da Saúde começou a vacinar meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade. Posteriormente, a faixa etária dos meninos foi ampliada.
Ponto positivo: número de cesáreas diminui
O Brasil é o segundo país (junto ao Egito) com a maior taxa de partos cesáreos no mundo. Mais da metade dos partos são cesarianas (55,5%). Somente na saúde suplementar, esse número chega a 81,2%, contra 41,1% pelo SUS. O recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10% a 15%. Uma boa notícia é que o número caiu de 84,1% para 81,2% entre 2016 a 2021. E o parto vaginal aumentou de 15,9% para 18,8%.
A cesárea é a cirurgia mais realizada no mundo. E quando feita no momento necessário, pode evitar a mortalidade e morbidade materna e perinatal. Mas, por ser um procedimento cirúrgico, também podem haver complicações, sequelas e até causar a morte. O relatório ressalta que uma grande proporção destas cirurgias estão sendo feitas sem necessidade. Para a OMS, isto é um grave problema de saúde. De acordo com um estudo citado no relatório, a mortalidade materna é três vezes maior em cesarianas quando comparados a outras modalidades de parto.
Desde de 1985, a OMS recomenda que a taxa ideal fique entre 10% e 15%. Com uma taxa de 10%, a mortalidade materna cai. Mas se esse número se eleva, não existem evidências que as taxas de mortalidade reduzam.
Previva
Incentivar a realização de exames periódicos é a melhor maneira de combater o câncer. As operadoras, diante a diminuição dos exames nos últimos dois anos de pandemia, precisam redobrar campanhas para alertar os beneficiários. Quanto mais tarde descoberto, mais difícil as chances de cura e tratamento.
O Previva, software para atenção integral à saúde, é uma solução que contempla todo o gerenciamento de programas de prevenção oncológica, como mama, próstata, etc. Com o software, é possível realizar o rastreamento dos beneficiários que não estão realizando o preventivo, gerenciar todos pacientes desses programas via indicadores, além de monitorar os custos assistenciais desses pacientes.
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