Saúde da mulher: uma análise dos hábitos atuais e mudanças de atitudes que podem salvar vidas

As mulheres representam hoje mais da metade dos usuários de plano de saúde no Brasil. Elas são 53,2% do total dos 47,6 milhões de brasileiros que possuíam planos de saúde de assistência médico-hospitalar em 2020, ou seja, 25,3 milhões de mulheres.  Os dados são da “Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020“, desenvolvida pelo IESS – Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. 

Por isso, é importante compreender os hábitos desse público para agir em prol da prevenção. Na maioria dos casos das doenças que mais afetam as mulheres hoje em dia, as chances de cura são significativamente maiores, chegando a até 100%, quando o diagnóstico é obtido de forma precoce. Os resultados da prevenção são revertidos em mais saúde e economia.  

Porém, a análise do IESS traz dados preocupantes. Enquanto, entre 2019 e 2020, houve aumento de 1,1% no número de beneficiárias, que passou de 25,0 milhões para 25,3 milhões, foi registrada uma redução de 29,5% de mamografias na faixa etária prioritária (50 a 69 anos), além de 15,4% de internações vinculadas ao câncer de mama feminino e de 19,9% de cirurgias para tratamento cirúrgico de câncer de mama feminino.

A doença é o tipo de câncer que mais atinge mulheres no Brasil, sendo a primeira causa de morte por câncer no País. Somente neste ano de 2021, segundo o Inca – Instituto Nacional do Câncer, estima-se que ocorrerão 66.280 novos casos da doença.

Saúde da mulher diagnóstico precoce

Prevenção

Para que seja possível a detecção precoce do câncer de mama, com objetivo de reduzir a mortalidade, a mamografia é o exame mais recomendado. No entanto, na saúde suplementar, foram realizados 3,6 milhões de exames de mamografia em 2020, sendo 

1,6 milhão na faixa etária prioritária (de 50 a 69 anos). Na comparação com 2019, houve uma queda de 697 mil mamografias nessa faixa (-29,5%).

Conforme a análise do IESS, com a pandemia do Coronavírus houve receio das mulheres para ir a consultas médicas e realizar exames no último ano. Mas, já havia uma tendência de queda mesmo antes da pandemia, entre 2015 e 2019. Neste período foi registrada uma redução de 29,1% na realização desse exame.

O fato é preocupante do ponto de vista da saúde pública e também para as operadoras, pois os números de casos cresceram e esse tipo de neoplasia maligna apresenta uma taxa de cura de 95%, se detectada precocemente e iniciado logo o tratamento.

Outras formas de prevenção ao câncer de mama, além dos exames e consultas de rotina, são a redução de fatores de riscos relacionados ao estilo de vida e o ato de realizar o aleitamento materno. 

Conforme aponta o INCA, mudanças simples nos hábitos alimentares, como consumir produtos in natura, evitar o consumo de álcool e realizar atividades físicas também reduziria para 13% o número de casos entre as mulheres em 2020, o que corresponde aproximadamente 8 mil mulheres no Brasil. 

Segundo o instituto, a falta de atividade física é o principal fator de risco correspondendo a 5% das incidências de câncer de mama que poderiam ser evitáveis se houvesse a prática regular de exercícios.

Além da saúde, a economia

Conforme aponta o IESS, a redução de 13% nos casos de câncer de mama corresponderia, em 2018, a uma economia de despesa com tratamento de câncer de mama no SUS de R$ 102 milhões de reais. E, na saúde suplementar, de R$ 151,1 mil reais em economia de internações para o câncer de mama em 2020.

Câncer de colo de útero

Além das mudanças que afetaram o diagnóstico precoce de câncer de mama no Brasil em 2020, houve também uma queda de 23,7% na quantidade de tratamento cirúrgico de câncer de colo de útero e de 24,4% no exame preventivo para esse tipo de câncer. 

Segundo dados do Inca, a doença é o terceiro tumor que mais incide na população feminina. Fica atrás apenas do câncer de cólon e reto, e é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

A vacinação contra o HPV é uma das principais formas de prevenção contra a doença, que tem 100% de chances de cura se detectada em estágio inicial com o exame de citopatologia cérvico-vaginal oncótica, o Papanicolau.

Conforme o Inca, após o início da vida sexual, recomenda-se que as mulheres que estão entre 25 e 64 anos de idade façam o exame a cada três anos. Mas, em 2020, foram realizados 4,7 milhões desses procedimentos, o que representa uma redução de 24,4% em comparação com 2019. Esta queda acentuada na realização dos exames pode estar vinculada ao período de isolamento social causado pela pandemia. Porém, conforme o IESS, entre 2015 e 2019 observa-se que também houve uma redução na procura por este exame de 30,4%.

O estudo aponta que, em 2015, esse procedimento diagnóstico preventivo foi realizado em 47,9 a cada 100 mulheres na faixa etária priorizada. Em 2019, foi de 44,7 a cada 100 beneficiárias. Em 2020, a redução foi maior ainda, caindo para 34,4 mulheres a cada 100.

Como ajudar a melhorar esses indicadores de prevenção

As operadoras de saúde precisam ter os dados de perfil de seus usuários organizados dentro de um sistema que seja capaz de auxiliar na execução de uma política de prevenção e promoção da saúde. 

A tecnologia é uma excelente aliada para obtenção de informações estratégicas que darão diretrizes importantes para o desenvolvimento de ações direcionadas ao público feminino. 

Por meio de um software de medicina preventiva, como o Previva, é possível obter o perfil de saúde dos usuários, ou seja, um levantamento de informações, que começa com uma busca ativa no banco de dados da operadora e depois vai para uma fase secundária, geralmente feito através de questionário no qual o beneficiário informa, além de dados básicos como idade e peso, até informações mais aprofundadas como seu histórico de doenças, antecedentes familiares, hábitos do dia a dia, se pratica atividade física ou se é fumante, etc.

Ele vai permitir que você conheça a população da sua operadora. Com o software de medicina preventiva, é possível, ainda, que você defina parâmetros para a seleção de beneficiários com um determinado perfil de saúde.

Por exemplo: mulheres com mais de 40 anos com histórico de câncer de mama na família. Assim, conhecendo esse universo de usuárias, a operadora pode desenvolver programas específicos para promover a conscientização sobre a importância de se realizar a mamografia periodicamente. Pode, ainda, estabelecer níveis de monitoramento e acompanhamento dessas usuárias, criando mecanismo que as ajude a lembrar de realizar o exame nas datas previstas. 

Este é apenas um exemplo de como um sistema de medicina preventiva pode auxiliar na saúde das mulheres e, ainda, nos bons resultados para as operadoras de saúde.

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