Tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem alto custo e impacta diretamente a ação das operadoras de saúde

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) exige uma oferta de tratamentos multidisciplinares com custos que impactam diretamente as Operadoras de Planos de Saúde (OPS), especialmente depois da ampliação das regras para o atendimento dos tratamentos do TEA, determinadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em julho de 2022.

Estimativas apontam que o tratamento completo do TEA com a abordagem Applied Behavior Analysis (ABA) – Análise do Comportamento Aplicada, saiba mais abaixo – pode custar até R$ 30 mil, considerando os profissionais envolvidos no atendimento e a intensidade do tratamento, que pode chegar a 40 horas semanais.

Ainda não há no Brasil um levantamento oficial do número de casos reconhecidos de TEA, mas trabalha-se com uma projeção a partir do estudo do Centro para Controle de Doenças e Prevenção (CDC em inglês), dos Estados Unidos. A partir da pesquisa norte-americana, estima-se que o Brasil teria em torno de 5,95 milhões de autistas. Segundo dados do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA), em 2021 o Brasil realizou 9,6 milhões de atendimentos ambulatoriais a pessoas com autismo, sendo 4,1 milhões de crianças com até 9 anos de idade.

O TEA é uma condição complexa que afeta o neurodesenvolvimento de um indivíduo, impactando sua comunicação, linguagem, interação social e comportamento. A ampliação das regras para o tratamento de transtornos globais do desenvolvimento prevê cobertura ilimitada e obrigatória para sessões com diversos profissionais como fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. Porém, especialistas na área declaram que há falta de profissionais e serviços qualificados para realizar esse atendimento, especialmente fora das áreas metropolitanas, o que abre brecha para que haja fraudes nos planos de saúde. De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), pequenas e médias operadoras fora das regiões metropolitanas são as principais afetadas. Uma das questões levantadas sobre o assunto é sobre a possibilidade de tornar o autismo um empreendimento lucrativo, sem a devida consideração pela qualidade, segurança e eficácia dos cuidados oferecidos.

Atendimento em ABA

 A Applied Behavior Analysis (ABA) – Análise do Comportamento Aplicada, em tradução livre, é uma abordagem terapêutica eficaz no tratamento do TEA que se concentra na análise do comportamento, utilizando estratégias baseadas em reforço positivo para melhorar as habilidades sociais, de comunicação e comportamentais.

São vários os tratamentos que podem ser indicados para terapia, como: Psicoterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional com Integração Sensorial, Equoterapia, Musicoterapia, dentre outros. Os profissionais que aplicam a ABA são treinados para desenvolver programas personalizados de intervenção, o que pode fazer com que os atendimentos sejam de 20 a 40 horas semanais de terapia.

E a intensidade amplia o custo do atendimento, que pode ultrapassar os R$ 30 mil mensais, considerando o custo da hora de cada terapia e a determinação de que a cobertura deve ser integral e sem limitações.

O diagnóstico de TEA frequentemente é acompanhado por condições de comorbidade, que neste caso incluem geralmente epilepsia e outros distúrbios neurológicos, deficiência intelectual, depressão e ansiedade. Identificar comorbidades e realizar um diagnóstico diferencial são aspectos cruciais para uma intervenção eficaz, o que também impacta no custo do tratamento dispensado ao paciente.

Protocolos preventivos

 Por conta dos altos custos do tratamento para TEA, é muito importante que as operadoras de saúde entendam a urgência da necessidade de implantar protocolos de atendimento para esses pacientes. Programas destinados ao tratamento do TEA ou a outras condições crônicas, além do benefício assistencial, também levam a economia direta ou indireta do sistema de saúde.

O software de medicina preventiva Previva auxilia as operadoras de saúde no gerenciamento de programas de Atenção Primária à Saúde, tornando possível traçar o perfil dos beneficiários e desenvolver programas personalizados que atendam às necessidades específicas de cada grupo. Dessa forma, as OPSs podem trabalhar para reduzir o significativo impacto econômico do tratamento do TEA e oferecer as melhores opções dentro das terapias disponíveis para o atendimento.

 

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