Benefícios da ioga para a promoção da saúde e prevenção de doenças

A ioga é uma prática que consiste em harmonizar o corpo com a mente e a respiração por meio de técnicas de respiração, posturas corporais e meditação. Atualmente, ela vem sendo utilizada em diversos contextos assistenciais como uma ferramenta auxiliar para a promoção da saúde.

Com eficácia comprovada por uma série de estudos ao longo das últimas décadas, a ioga é hoje considerada uma técnica benéfica para o alívio da dor e do estresse, além de aumentar a auto-estima, favorecer o cuidado, a qualidade de vida e a cura.

Neste artigo, vamos entender melhor como essa prática pode ser utilizada pelas operadoras de planos de saúde para melhorar os resultados de seus programas de prevenção de doenças e promoção da saúde.

ioga na promoção da saúde e na prevenção de doenças

Benefícios da ioga para a saúde

Trabalhando o corpo e a mente de forma interligada, a ioga proporciona uma considerável melhora na saúde emocional, além de aliviar dores no corpo e na coluna, aprimorar o equilíbrio e facilitar o emagrecimento.

Desde o seu surgimento na Índia, há mais de 4 mil anos, ela tem sido utilizada para a prevenção e tratamento de doenças.

Hoje em dia, a prática é especialmente indicada como auxiliar no controle de doenças crônicas, incluindo hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

Além disso, tem sido extensivamente descrita como uma alternativa para a redução do estresse, da ansiedade e da depressão não apenas em adultos saudáveis, mas também em pacientes com problemas psicológicos e psiquiátricos.

A ioga também tem grande valia na melhoria da qualidade de vida de pacientes idosos, ajudando a melhorar a aptidão física, o humor e a qualidade do sono, além de reduzir significativamente as queixas de dor entre essa população.

Pelo fato de ajudar a desenvolver mais vitalidade e equilíbrio sobre o metabolismo geral do corpo, a prática da ioga pode ajudar os indivíduos na abstenção do uso do tabaco, álcool e drogas.

Quem pode praticar ioga?

A ioga pode ser praticada por pessoas de todas as faixas etárias, de crianças a adultos acima dos 60 anos. No caso das gestantes, é aconselhável esperar até 12 semanas de gestação para iniciar os exercícios.

Na verdade, trata-se de uma prática sem muitas contraindicações e que pode ser adotada pela maioria das pessoas, independente da condição física, mental ou emocional. Com o passar do tempo, o corpo vai se adaptando aos exercícios e ganhando mais flexibilidade.

A recomendação para quem está começando é fazer duas sessões por semana, de pelo menos uma hora cada.

As aulas de ioga podem ser dadas em grupo ou individualmente, em um espaço de academia ou em uma sala especialmente reservada para isso. Também é possível orientar a prática de forma remota, por meio de aulas ao vivo pela internet ou vídeos pré-gravados.

A ioga como prática integrativa

A ioga está elencada como uma das atividades previstas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Seu objetivo, portanto, não é substituir o tratamento convencional e sim auxiliar no desenvolvimento do autocuidado, autoconhecimento e promoção da saúde.

Desde 2005, o Ministério da Saúde reconhece e incentiva o uso das Práticas Integrativas e Complementares com a finalidade de garantir a integralidade na atenção à saúde em todos os níveis, especialmente na atenção básica.

Por exemplo, um profissional de saúde pode avaliar um paciente hipertenso e que faça uso contínuo de medicamentos, indicando a prática da ioga, juntamente com mudanças alimentares, como forma de controlar a doença e até mesmo reduzir a medicação.

Dessa forma, devido ao baixo custo e à ausência de contraindicações, riscos e efeitos colaterais, a ioga tem se mostrado um excelente auxiliar no controle, tratamento e até mesmo na prevenção de doenças crônicas.

Além disso, revisões sistemáticas da literatura médica têm apresentado evidências científicas para embasar a tomada de decisão dos gestores no sentido de incorpora a prática da ioga como forma complementar de cuidado à saúde, especialmente no âmbito da atenção primária.

Veja a seguir alguns dos possíveis usos da ioga dentro de uma estratégia de promoção da saúde.

Ioga e doenças cardiovasculares

A ioga é uma boa alternativa de exercício para se proteger contra doenças cardíacas, especialmente para quem não pode fazer exercícios pesados.

De acordo com uma revisão de 37 estudos envolvendo cerca de 3 mil pessoas, a prática da ioga foi associada à redução de diversos fatores de risco cardíaco.

Segundo artigo publicado no European Journal of Preventive Cardiology, em comparação com nenhum exercício, a ioga demonstrou benefícios significativos, como riscos menores de obesidade, pressão alta e colesterol elevado.

Comparada a outros tipos de exercícios, a ioga teve resultados semelhantes com base nas mesmas medidas de risco cardíaco.

O artigo não determina a causa exata desses benefícios, mas especialistas avaliam que eles podem ser decorrentes do trabalho com os músculos e a respiração, que pode trazer mais oxigênio para o corpo, levando a uma menor pressão arterial e a uma redução nos níveis de estresse e ansiedade.

Ioga e hipertensão

Segundo um artigo publicado na revista científica BMC Cardiovascular Disorders, até mesmo um curto programa de ioga para o paciente praticar em casa parece ter um efeito anti-hipertensivo, bem como um efeito positivo na autoavaliação da qualidade de vida.

Os resultados implicam que exercícios simples de ioga podem ser úteis como terapia suplementar de pressão arterial, em conjunto com o tratamento médico convencional, quando prescritos por médicos de atenção primária.

Ioga e diabetes

Um número crescente de estudos sugere que a ioga pode melhorar os índices de risco em adultos com diabetes tipo 2, incluindo tolerância à glicose e sensibilidade à insulina, perfis lipídicos, características antropométricas e pressão arterial.

Um artigo publicado na revista científica Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, sugere que a prática pode reduzir o dano oxidativo, melhorar os perfis de coagulação e a função pulmonar, além de diminuir a ativação simpática em adultos com diabetes e doenças crônicas relacionadas.

Além disso, a ioga também ajuda a reduzir a necessidade de medicamentos em pacientes com diabetes e pode ajudar a prevenir e pode contribuir para o controle de complicações cardiovasculares nessa população.

Ioga e dor crônica

Em 2009, um estudo financiado pelo National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM), realizado com 90 pessoas que possuíam dor crônica lombar, evidenciou que, após seis meses de prática de ioga, os participantes tiveram significativa diminuição da dor e da incapacidade de movimentos.

Segundo os autores, a prática permite que a pessoa compreenda a origem da sua dor e consiga se conectar com o corpo, compreendendo-o melhor, além de aumentar a flexibilidade, melhorando a circulação sanguínea e a liberdade articular.

Ioga e síndrome metabólica

Uma revisão completa e extensa da literatura identificou 51 estudos que investigaram os efeitos da ioga na resistência à insulina, nos perfis lipídicos e na pressão arterial.

A maioria demonstrou os efeitos benéficos da ioga, com melhorias significativas na glicemia de jejum com reduções de 5,4 a 33,4%. A glicemia pós-prandial foi reduzida em 24,5 a 27% e a HbA1C foi reduzida em 13,3% para 27,3%. Os estudos também mostraram consistentemente melhorias no metabolismo lipídico.

Um estudo de 2015 publicado na revista Spine randomizou quase 200 pacientes com síndrome metabólica, direcionando parte deles para um grupo de controle e parte para um programa de três sessões semanais de 60 minutos de Hatha Yoga durante um ano.

Os resultados mostraram reduções estatisticamente significativas nos fatores de risco para a síndrome metabólica (como a adiposidade abdominal, por exemplo), além de tendências de melhoria no Índice de Massa Corporal (IMC) e na pressão arterial.

Ioga e câncer

Uma pesquisa realizada em 2011 pelo MD Anderson Cancer Center (uma das principais referências mundiais no tratamento do câncer) com portadoras de câncer de mama, mostrou que a prática da ioga, além de reduzir os níveis de cortisol (hormônios do estresse), promoveu a melhora no funcionamento do organismo das mulheres como um todo.

Segundo o estudo, a prática estimulou a produção de um neurotransmissor conhecido como GABA, que está ligado à depressão e outros transtornos de ansiedade, quando em baixos níveis.

Os pacientes em tratamento para o câncer podem se beneficiar da ioga restaurativa, que tem como objetivo manter ou recuperar a saúde, focando na eliminação das tensões físicas do estresse.

Além de trazer descanso físico sem requerer movimentos ou esforço muscular, essa modalidade acalma o sistema nervoso e utiliza posturas específicas para liberar hormônios de relaxamento, podendo ser realizada em casa ou até mesmo em pacientes acamados.

Incluir as posturas restaurativas na rotina desses pacientes pode ajudar a melhorar seu sono, reduzir a pressão arterial, regular os batimentos cardíacos e diminuir níveis de glicose.

Outro benefício vem com a respiração consciente, profunda e diafragmática, que pode ajudar o paciente com câncer a combater a fadiga e baixa autoestima.

Ioga e saúde mental

Ao encararmos o processo de promoção de saúde mental como uma prática educativa realizada a partir do sujeito, a ioga pode funcionar como uma excelente ferramenta para a promoção de saúde mental, assim como de recuperação e redução de danos.

Um estudo realizado por cientistas do Instituto do Cérebro, do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, da Universidade Federal do ABC e da Harvard Medical School apontou reflexos positivos da ioga em áreas do cérebro associadas à memória e atenção.

Segundo os autores, os resultados sugerem que a prática no longo prazo pode mudar a estrutura do cérebro, retardando ou revertendo alterações funcionais e estruturais que surgem com o envelhecimento e podem levar ao declínio cognitivo.

Ioga na saúde laboral

A prática da ioga tem sido usada com sucesso para combater o estresse no ambiente de trabalho, reduzindo a ocorrência de tensões musculares, insônia, má alimentação, doenças ocupacionais e ansiedade entre os trabalhadores.

Além disso, os praticantes relatam uma melhora na produtividade e na concentração durante o trabalho, bem como um maior autocontrole emocional decorrente do aumento na consciência corporal e respiratória.

E a sua operadora? Já descobriu os benefícios da prática da ioga para a promoção da saúde e prevenção de doenças? Compartilhe sua experiência conosco!

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