A obesidade é motivo de preocupação das autoridades de saúde há algumas décadas e as estimativas são pouco otimistas. Conforme o Atlas Mundial da Obesidade, produzido pela World Obesity Federation (WOF), cerca de 41% da população brasileira deve ser diagnosticada com a doença até o ano de 2035. A partir desses dados, calcula-se que o impacto econômico na saúde deve ser de 19,2 milhões de dólares, cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

De acordo com um estudo de monitoramento dos fatores de risco para doenças crônicas no Brasil (Covitel), realizado no período de janeiro a abril de 2023, houve uma piora nos hábitos de saúde dos brasileiros, em relação aos costumes pré-pandemia. Os pesquisadores identificaram que 40,3% da população do país estão com excesso de peso, especialmente entre as pessoas mais jovens, na faixa etária entre 18 e 24 anos. A obesidade aumentou 90% nesta faixa etária – de 9% para 17,1%. Com impactos significativos na qualidade de vida e na saúde global, a obesidade apresenta um quadro complexo, exigindo abordagens multidisciplinares e preventivas para mitigar seus
efeitos adversos.

A gravidade da obesidade

A obesidade não é apenas uma questão estética, mas sim um problema de saúde sério e multifacetado. Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, a obesidade está associada a uma série de complicações médicas, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos e até certos
tipos de câncer.

Além disso, a obesidade pode ter impactos psicossociais, prejudicando a autoestima e a saúde mental dos indivíduos afetados. O Covitel ainda destacou que 31,6% das pessoas com algum grau de obesidade no Brasil, já receberam diagnóstico médico de ansiedade e 14,1%, de depressão; 32,6% relataram episódio de consumo abusivo de álcool. A doença é considerada uma questão complexa, influenciada por fatores genéticos, ambientais, comportamentais e socioeconômicos.

Bariátricas

 As cirurgias bariátricas são intervenções médicas frequentemente buscadas por pessoas com obesidade grave ou mórbida como uma forma de auxiliar na perda de peso significativa e na melhoria das condições de saúde associadas ao excesso de peso.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), apenas em 2022, foram realizados 74.738 procedimentos no país. Somente por plano de saúde, segundo um levantamento realizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), foram 65.256 cirurgias no período.

O procedimento é geralmente recomendado para pessoas com índice de massa corporal
(IMC) muito alto e que não conseguiram perder peso por meio de outras abordagens, como dieta e exercício. Além disso, essas cirurgias têm riscos associados e requerem uma mudança significativa no estilo de vida após a operação para alcançar resultados duradouros e saudáveis.

Sempre é recomendado que as pessoas interessadas em cirurgia bariátrica busquem orientação médica e discutam as opções disponíveis com um profissional
de saúde qualificado.

Prevenção como Prioridade

No entanto, a prevenção ainda é a chave para combater de forma eficaz a obesidade. É essencial que a sociedade como um todo adote um estilo de vida saudável, incorporando hábitos alimentares equilibrados e a prática regular de atividades físicas. A educação sobre nutrição e a importância do autocuidado desde a infância são aspectos fundamentais para prevenir a obesidade.

As operadoras de saúde têm um papel crucial na promoção da saúde e prevenção de doenças, incluindo a obesidade. Elas podem desempenhar um papel proativo ao oferecer programas preventivos voltados para a conscientização sobre a importância da manutenção de um peso saudável.

Aconselhamento nutricional, programas de atividade física, monitoramento de saúde e apoio psicossocial, são algumas das opções que as operadoras de saúde podem adotar para ajudar na prevenção da obesidade e consequentemente auxiliar na diminuição da demanda por cirurgias bariátricas.

A obesidade é uma condição de saúde séria que requer uma abordagem abrangente para sua prevenção e tratamento. Operadoras de saúde, ao adotar o Previva, têm a oportunidade de desempenhar um papel significativo ao oferecer programas preventivos que visam educar, motivar e capacitar os indivíduos a adotar um estilo de vida saudável e evitar os extremos, como a necessidade de cirurgias bariátricas, buscando uma melhor qualidade de vida para todos.

Sobre o previva

O Previva é uma ferramenta online para a gestão de AIS, da elegibilidade à análise dos indicadores de saúde dos pacientes monitorados em diferentes linhas de cuidado até a mensuração do custo evitado.

Além disso, o Previva possibilita a geração de relatórios e gráficos, permitindo uma gestão mais eficaz dos indicadores e acompanhamento do progresso individual e coletivo dos pacientes nos programas de forma personalizada. Isso torna o monitoramento mais eficiente e contribui para o sucesso dos programas de saúde preventiva oferecidos pelas operadoras de planos de saúde.