O número de doenças respiratórias subiu em 128% em crianças

As doenças respiratórias impactam a vida de muitas crianças e são uma das principais causas de morte de menores de 5 anos. Só entre 2020 e 2021, o número de doentes subiu em 128% na faixa etário de 0 a 4 anos. Estes dados estão no estudo Covid-19 e Doenças Respiratórias em Crianças: 2019 e 2021, desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).  

Para a realização deste estudo, os pesquisadores coletaram informações referentes a 2019, 2020 e 2021 do banco de dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Os dados coletados de menores de 14 anos foram: gê­nero, classificação internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID) pri­mário, região e diária de UTI. Ao todo foram reunidas 19.789 observações. Todas as crianças eram beneficiárias de planos de saúde.

Atualmente, as doenças do trato respiratório atingem milhares de crianças todos os anos. O estudo da IESS registrou que, em São Paulo, 88% dos óbitos de crianças em 2020 e 90% em 2019 foram associadas a doenças do aparelho respiratório, afecções originadas no período perinatal, malformações congênitas, doenças infecciosas e parasitárias.

No ano passado, entre fevereiro e março,  o número de casos de  Síndrome Respiratória Aguda Grave cresceu 309%, entre os menores de 5 a 11 anos no país, de acordo com Segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz.  E a cada ano, nos Estados Unidos, cerca de 58.000 a 80.000 crianças menores de 5 anos são hospitalizadas devido à infecção por doenças respiratórias.

Um relatório de 2017 da OMS aponta que 650 mil pessoas ao redor do mundo morrem a cada ano por doenças ligadas à gripe sazonal. 

Isolamento social: o aumento e queda das doenças respiratórias

Entre 2019 e 2021, houve uma queda no número de mortes de crianças por infecção res­piratória na maior parte do Brasil. Principalmente em bebês com menos de 1 ano. A queda foi acentuada na faixa etá­ria dos menores de 1 ano, com uma redução de 57,7%.  Isto pode ser atribuído ao isolamento social por causa da pandemia de Covid, quando as crianças não foram às creches e escolas. Porém, ocorreu um aumento no número de casos de Covid entre crianças de 1 a 9 anos. As informações constam no estudo da IESS.

Em países como os Estados Unidos, o Brasil e a Finlândia, foi observado que o lockdown reduziu o número de hospitalizações e atendimentos pediátricos  quando comparado aos anos anteriores. Também foi observado o aumento de casos após as medidas de relaxamento do isolamento social.

Isso pode ser percebido num estudo israelense,  publicado no periódico Pediatric Pulmonology em 2021. O levantamento analisou dados de um hospital quanto à alta da emergência pediátrica ou da enfermaria pediátrica de crianças, entre  janeiro de 2015 a junho de 2021. Eles observaram os diagnósticos tanto de doenças respiratórias (altas e baixas), quanto de doenças não contagiosas, como apendicites, infecções do trato urinário e convulsões.  

As doenças não transmissíveis tiveram a mesma incidência durante o período. Mas as doenças respiratórias, em 2020, não tiveram um pico durante o outono e inverno, como costuma ocorrer. Com o relaxamento das medidas sanitárias, o pico das doenças voltou a ocorrer.

Quais os fatores de risco?

As maiores taxas de mortalidade infantil de menores de 5 anos se concentram nas regiões Sul e Sudeste. O motivo são as baixas temperaturas. Contudo, a poluição urbana (fumaça, dióxido de nitrogênio (NO2) e Ozônio (O3) e aglome­rações também contribuem para o aumento dos casos. Esta última facilita a dispersão dos vírus.

E também há riscos em ambientes domésticos, como o tabagismo e a poeira. Ainda podem contribuir para o aparecimento: o bai­xo peso ao nascer, a desnutrição, a falta ou cur­ta duração do aleitamento materno, a ausência de imunização, a contaminação do ar domés­tico.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 99% da população mundial respira ar com algum grau de poluição e fora dos padrões de qualidade . 

Covid em crianças

Grande parte das crianças não desenvolveu uma forma grave da Covid-19. A maioria teve um quadro leve ou moderado. Ainda assim, é importante estudar qual é o impacto desta doença na pediatria. Existem casos de duração prolongada em crianças e adolescentes

O estudo CLOCK (Children and young people with Long Covid),  publicado no The Lancet Regional Health fez um panorama das crianças e adolescentes que tiveram Covid. Eles descobriram que uma em cada sete crianças positivadas pode apresentar sintomas da doença até três meses depois.

A análise foi baseada na coleta de dados de quase 7 mil adolescentes, entre 11 a 17 anos, submetidos a testes de PCR entre janeiro e março. Destes, 3.065 deram positivo e 3.739 deram negativo. Aproximadamente 30% das pessoas no grupo positivo relataram ter pelo menos três ou mais sintomas semanas após contraírem o vírus

Exercícios físicos e a prevenção

Uma forma de prevenir doenças respiratórias é por meio da prática de atividades físicas. A pesquisa “Association of low physical activity with higher respiratory tract infections frequency among pre-school children”, publicada na revista Nature, em janeiro de 2023, relaciona os baixos níveis de atividade física em pré-escolares com a  maior suscetibilidade a infecções respiratórias.

A pesquisa associa a atividade física à redução do número de dias de sintomas de infecção do trato respiratório superior . E crianças com uma média diária de passos maior também ficam doentes por menos tempo. Crianças que praticam esportes por 3 ou mais horas por semana têm menos infecção do trato respiratório superior do que aquelas que não praticam esportes regularmente.

Previva

A prevenção, que inclui a imunização e a orientação aos pais e responsáveis, é a melhor forma de reduzir o número de internações por doenças respiratórias. Uma forma de as operadoras trabalharem isso, é ao realizar palestras para conscientizar das doenças respiratórias. Também é possível criar grupos de apoio para pais e responsáveis cujas crianças tenham maior predisposição.  E a melhor forma de avançar nessa área é contando com o apoio da tecnologia, através do software de medicina preventiva Previva.

Com o software, é possível fazer um monitoramento dos grupos, fazer o controle das imunizações em crianças, dentre outras possibilidades. 

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