Quase 30% dos hipertensos no Brasil têm planos de saúde e a maioria diagnosticada são mulheres

Vinte oito milhões de brasileiros declararam ter recebido o diagnóstico de hipertensos em algum momento da vida. Este número equivale a 13% da população. Deste total, 8 milhões tinham plano de saúde, o que equivale a quase 30% do total de hipertensos. Entre os 58 milhões de beneficiários dos planos de saúde, 14% são hipertensos. Os dados foram publicados no mês de maio em um estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Investir em prevenção e apostar em medicina preventiva é cortar gastos. E pode ser feita através de duas formas:  impedir que a hipertensão se agrave ou prevenir que paciente desenvolva a doença. 

Sem o tratamento, o aumento da pressão arterial pode causar a perda gradual da visão, AVC (acidente vascular cerebral), ataque cardíaco, demência vascular e insuficiência renal. Quando controlada, os riscos diminuem e os pacientes podem ter uma boa qualidade de vida. 

Para evitar complicações, é possível apostar em grupos de controle de hipertensão. Estes são compostos geralmente por equipes multidisciplinares e abordam temas como nutrição, prática de atividades físicas, utilização correta de medicamentos, etc.

Quanto ao desenvolvimento da hipertensão, alguns fatores podem favorecer o aparecimento da doença:  o consumo excessivo de sódio e sal; sobrepeso e obesidade; sedentarismo; estresse; tabagismo; excesso de consumo de bebidas alcoólicas. Neste caso, é importante ter grupos para o combate ao tabagismo e obesidade. 

Quase 30% dos hipertensos no Brasil têm planos de saúde e a maioria diagnosticada são mulheres

Panorama da hipertensão

Do total da população brasileira, 15% das mulheres têm hipertensão e 12% dos homens. Quanto à escolaridade, o número de hipertensos foi maior entre pessoas com ensino fundamental completo ou incompleto. Quanto à idade, o grupo com maior predominância foi o de 75 anos ou mais, seguido por seguido de 65 a 74 e 60 a 64.

Ao averiguar os resultados de um outro relatório, o Vigitel de 2021, feito pelo Ministério da Saúde, o  diagnóstico médico de hipertensão arterial aumentou 3,7% nos últimos 15 anos entre os adultos. A percentagem de 2021 foi de 26,3%, contra os 22,6% em 2006. O crescimento entre o gênero feminino foi de 27,1%, e no masculino, de 25,4%. 

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que a hipertensão atinja de 25% a 30% dos adultos brasileiros. A condição é a causa de 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal, segundo os dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). 

A OMS estima que 1,28 bilhão de adultos, entre 30 e 79 anos, tenham hipertensão.  Cerca de dois terços deles vivem em países subdesenvolvidos. E quase metade dos adultos não sabe que tem a doença. Somente um em cada 5 tem a hipertensão a tem sob controle. Mundialmente, é uma das principais causas de morte prematura. O site da OMS a chama de “silent killer”, que pode ser traduzido para assassino silencioso. Os principais órgãos prejudicados são o coração, o cérebro e os rins.

Hipertensão pode iniciar na infância

A prevenção da hipertensão deve iniciar na infância. Em um artigo publicado no site da   Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), é estimado que a prevalência entre 1 e 3% de hipertensão na infância, e de 10 a 17% na adolescência. O crescimento do número de hipertensos está associado ao crescimento da obesidade. 

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019) registrou que uma em cada dez crianças brasileiras de até 5 anos está acima do peso. A maioria das crianças não apresenta sinais ou sintomas de hipertensão. O diagnóstico é realizado tardiamente.

Vida estressante 

O estresse diário também contribui para elevar a pressão sanguínea. Em uma situação de perigo ou estresse, o corpo libera uma maior quantidade de hormônios, como a adrenalina e o cortisol, que têm o efeito de subir a pressão arterial. Isso é perigoso para quem já tem o diagnóstico de hipertensão. 

Essa liberação tem o objetivo de aumentar a quantidade de sangue nos músculos, permitindo que o corpo reaja rapidamente a uma ameaça, como a fuga de uma situação de real perigo. O problema é que nosso corpo reage da mesma forma a uma briga de família e uma situação realmente de  vida ou morte. Ele não sabe diferenciar. 

Obesidade cresce muito no Brasil 

Quase 30% da população adulta do Brasil em 2030 deve ser obesa. A estimativa é do Atlas Mundial da Obesidade 2022, publicado pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation). Hoje, 22% da população brasileira adulta é obesa. As informações são da pesquisa Vigitel de 2021, realizada pelo Ministério da Saúde. 

Diagnóstico precoce é importante 

Muitas pessoas deixaram de ser diagnosticadas durante a pandemia de Covid. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), houve uma queda na realização de exames, cirurgias e outros procedimentos eletivos. O número é de 27 milhões a menos entre março e dezembro de 2020 , quando comparado com o mesmo período em 2019.  A redução foi de 16 milhões de exames para diagnóstico, 8 milhões de procedimentos clínicos, 1,2 milhão de pequenas cirurgias e 210 mil transplantes (órgãos, tecidos e células).

Na saúde suplementar, também houve uma queda no número de procedimentos. Em 2020, foram realizados 1,2 bilhão de procedimentos de assistência médico-hospitalar, um valor menor 17,4% menor que em 2019. As internações por doença hipertensiva caíram 13,5%. 

Previva 

Criar e gerenciar grupos de doentes crônicos é uma forma de reduzir internações, doenças graves e, consequentemente, reduzir os custos das operadoras de saúde. O software de medicina preventiva Previva auxilia no gerenciamento destes programas. Com ele, é possível acompanhar o progresso dos pacientes, o resultado dos exames e verificar quando será necessário pedir outros. Com o software é possível realizar processos de análise de perfil epidemiológico, classificação de risco, engajamento e monitoramento de crônicos.

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