Medicina preventiva: o que fazer para conquistar a Geração Z

Eles já não são mais crianças. Estão entrando na faixa dos 20 anos de idade e têm a seu favor o fato de fazerem parte da primeira geração que nasceu e cresceu conectada a partir do advento da internet em 1995. Os jovens da chamada Geração Z ou os “filhos da revolução digital” são os atuais protagonistas da economia.

Enquanto há uma geração inteira perto da aposentadoria, eles estão chegando agora ao mercado consumidor ao mesmo tempo em que começam a traçar seu rumo profissional.

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Atualmente, a Geração Z corresponde a 30% da população brasileira. Em 2020 será a metade e em 2030, a maioria.

Desde já, portanto, gestores em diversos setores da economia – incluindo os que oferecem produtos e serviços na área de medicina preventiva – precisam estabelecer contato e construir pontes com pessoas dessa faixa etária para saber como atendê-los e convertê-los em clientes no futuro.

Uma das maneiras mais eficazes para isso é voltar as atenções para o meio digital, com suas dinâmicas e ferramentas específicas.

A tarefa não é fácil. Para se ter uma ideia, uma pesquisa na internet por “Geração Z” resulta em artigos que associam a expressão a termos como “desafio” e “prepare-se”, dando a entender que há realmente uma dificuldade para compreendê-la e criar vínculos.

Gerações são diferentes entre si e possuem características muito particulares, que podem causar estranheza até serem decifradas.

No caso dos jovens da Geração Z, é preciso lembrar que eles são nativos digitais e que o uso da internet influencia fortemente tudo o que diz respeito ao seu cotidiano.

Comunicação multiplataforma

Uma das características marcantes da Geração Z é o consumo de mídia em diferentes plataformas simultaneamente, em um comportamento que já está sendo chamado de “multitela”.

A maioria dos jovens nessa faixa etária se mantém ligada à TV, aos notebooks, aos smartphones e ao tablets quase que compulsivamente, permanecendo conectados à internet a maior parte do tempo para se informar e compartilhar em tempo real informações que considere relevantes para suas redes.

Mas a Geração Z é acima de tudo a geração que sabe pesquisar. Cresceu com este hábito e o mantém buscando respostas em mais de uma fonte sempre que a situação exige.

Especialistas acreditam que este é um ponto desafiador para quem atua no setor de saúde.

Como procuram estar sempre bem informados, pacientes da Geração Z tendem a ser mais participativos em consultas, exames e tratamentos.

Eles costumam questionar procedimentos, mas as perguntas que fazem também contribuem de forma afirmativa para que os diagnósticos sejam mais eficientes.

Compreender, comunicar e cativar este público da Geração Z é um grande desafio porque sua atitude é muito diferente do público habitual atendido pelas operadoras.

Como há uma grande quantidade de informação circulando entre os “Zs”, além de procurar estar nos mesmos canais que eles, a operadora deve optar pela comunicação direta, ir direto ao ponto.

Isso vale para qualquer mídia, mas sempre priorizando os meios digitais.

Ligações em horários inadequados ou preenchimento de formulários em papel não contribuem em nada para uma comunicação eficaz com a Geração Z.

Informação, ativismo e hábitos saudáveis

Mas atenção: a influência da internet está longe de fazer do jovem da Geração Z alguém exclusivamente centrado no aspecto tecnológico.

Pelo contrário, é por ser conectado que ele ampliou seus horizontes, absorveu novos conhecimentos, amadureceu e criou vínculos com temas como responsabilidade social, voluntariado e sustentabilidade.

Um estudo da consultoria Page Talent com quase 4 mil entrevistados mostrou que os jovens da Geração Z são proativos, independentes, querem contribuir para a transformação do mundo e não ser apenas parte do todo, além de gostarem de desafios e não se limitarem a uma única tarefa ou função.

Por outro lado, não por acaso a Geração Z costuma usar os canais digitais para compartilhar hábitos de vida saudáveis.

Pesquisa da Nielsen apontou que as gerações mais jovens são as que mais procuram por alimentos benéficos à saúde. Entre os representantes da Geração Z, 78% afirmaram que estão comprometidos em gastar mais para consumir alimentos saudáveis (orgânicos, sem glúten e ricos em proteína).

Já o V Estudo Saúde Ativa – Gerações, realizado pela SulAmérica Saúde, mostrou que no combate ao sedentarismo, a Geração Z está na frente e demonstra maior interesse em fazer atividades físicas.

De acordo com o estudo, divulgado em novembro de 2015 e que analisou 43.641 questionários respondidos entre 2010 e 2013, esta tendência decorre do fato da Geração Z ter mais acesso à informação de qualidade e se preocupar muito com questões relacionadas à imagem corporal e à aceitação social.

Outro ponto abordado no estudo da SulAmérica Saúde também coloca os “Zs” na liderança: questionados sobre tabagismo, 86% dos entrevistados responderam nunca ter fumado.

Em comparação com a geração Baby Boomer, que inclui pessoas entre 50 e 68 anos, a mudança de comportamento é visível, pois quase metade (48,1%) dos membros desta faixa etária disseram já ter tido contato com o cigarro.

Este dado reforça mais uma vez o grau de informação da Geração Z, que cresceu também em meio a restrições à venda de cigarros.

É um indicativo claro de que a prevenção de doenças crônicas e a adoção de hábitos saudáveis interessa (e muito) a eles.

Perfil empreendedor

Também por meio da internet a Geração Z descobriu a “economia criativa” e hoje, influenciados pela cultura digital, muitos jovens na casa dos 20 anos já demonstram mais interesse em empreender do que em ser empregado.

Mas o que poderia ser um motivo de preocupação tende a se tornar uma oportunidade para as operadoras de saúde.

É preciso compreender e assimilar a mudança no perfil – de empregado para empreendedor – e, a partir disso, criar e comercializar planos que atendam a estas novas características.

Insistir apenas nos modelos tradicionais de planos empresariais pode afastar a operadora deste novo cliente. É importante diversificar para chegar àqueles que representam camadas cada vez maiores e influentes no mercado.

Mesmo que as pesquisas venham ajudando a compreender melhor o perfil dos jovens da Geração Z, ainda há muito o que aprender sobre eles.

A hora é esta para se aprofundar em seus comportamentos e hábitos e iniciar uma aproximação com aqueles que serão os futuros beneficiários dos planos de saúde.

Promova campanhas e patrocine iniciativas que coloquem a empresa no radar da Geração Z. Use os meios com os quais eles estão mais familiarizados. Investigue suas atividades e conteúdos preferidos, além de personalidades que influenciam seu comportamento – sendo que muitos são da mesma geração.

Desta maneira, será possível estabelecer uma estratégia mais assertiva de atração e posterior conversão dos jovens em clientes.

Conectou?

E na sua operadora? Já existem estratégias específicas para atender esta nova geração de consumidores?

Você tem alguma dúvida ou sugestão a fazer respeito desse tema? Comente abaixo!

Foto: Pixabay.com/wjgomes

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