Rastreamento de doenças crônicas: 72% dos casos ainda são diagnosticados a partir de sintomas
A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) divulgou recentemente um estudo que levanta uma questão preocupante para quem trabalha com o rastreamento de doenças crônicas.
Segundo a Pesquisa sobre a importância dos Exames Laboratoriais 2019, lançada em maio deste ano, em 72% dos casos os pacientes só descobriram que sofriam de alguma doença crônica após surgirem os primeiros sintomas.
Isso quer dizer que a maior parte da população brasileira não está realizando exames clínicos e laboratoriais básicos como forma de prevenção, mas sim de diagnóstico.
Nesses casos, os exames laboratoriais deixam de ser utilizados como um recurso para o diagnóstico precoce e servem apenas para confirmar a instalação de uma doença que já havia sido identificada pelos sintomas.
Como a população vê os exames laboratoriais
A pesquisa da SBPC/ML revelou ainda outros dados interessantes sobre a popularidade dos exames laboratoriais entre a população brasileira:
- 96% dos entrevistados consideram estes exames importantes para a prevenção de doenças crônicas;
- 48% dos pacientes crônicos acham que deveriam ter feito exames com mais antecedência para prevenir a doença;
- 40% dos pacientes crônicos acham que deveriam ter feito exames complementares para prevenir a doença.
- Somente 17% dos pacientes acham que os médicos solicitam mais exames que o necessário
A partir destes resultados, a entidade criou a campanha #ImportantePrevenir, com o objetivo de esclarecer a população sobre a importância dos exames laboratoriais no diagnóstico precoce e no rastreamento de doença crônicas.
Medicina laboratorial e rastreamento de doenças crônicas
Um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) aponta que doenças que só possuem alterações laboratoriais, sem manifestar sintomas, têm chance de cura de 90%.
Portanto, em uma estratégia de medicina preventiva e promoção da saúde, os exames laboratoriais devem servir para:
- descartar ou confirmar hipóteses de diagnóstico, apontando para a necessidade de uma investigação mais detalhada
- auxiliar os médicos especialistas em ações que podem evitar a manifestação da doença e diagnosticá-la de forma mais precoce, aumentando as chances de tratamento e cura.
No caso da prevenção do câncer, por exemplo, os exames laboratoriais podem rastrear mais precocemente os tumores mais simples, além de contribuir para reduzir a mortalidade global relacionada à doença e proporcionar a redução de custos assistenciais.
Dessa forma, é possível concluir que a realização de exames preventivos é ao mesmo tempo menos onerosa às operadoras de saúde e mais benéfica ao paciente.
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