Estudo aponta possibilidades para reduzir os custos da assistência oncológica
A elevação nos custos da assistência oncológica tem sido apontada como uma das principais causas para o aumento dos gastos com assistência à saúde no Brasil e no mundo.
Novos protocolos de tratamentos oncológicos com preços de medicamentos cada vez mais elevados estão pressionando o caixa das operadoras de saúde e o orçamento do SUS, limitando o acesso da população a estes recursos.
Algumas análises internacionais sugerem que o índice de aumento nos custos assistenciais ligados a novos tratamentos farmacológicos já é maior que a evolução no índice de sobrevivência dos pacientes que fazem uso desses medicamentos.
Dessa forma, em busca de mais eficiência e economia nessa área, os gestores de saúde devem procurar referências nacionais e internacionais para ter subsídios que possibilitem uma melhor tomada de decisão.
Variação de custos e oportunidades para economizar
Uma dessas referências é o estudo “Variação de Custos e Oportunidades de poupar em um Modelo de Cuidados Oncológicos”, citado na 24º edição do boletim científico do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O estudo foi publicado em 2018 pelo American Journal of Managed Care com o título original Cost Variation and Savings Opportunities in the Oncology Care Model, e pode ser acessado na íntegra aqui (PDF em inglês).
Analisando dados do Medicare (plano de saúde público para idosos nos EUA) no período de 2006 a 2013, os pesquisadores identificaram que categorias de serviços apresentam as maiores oportunidades para a redução dos custos da assistência oncológica.
A amostra incluiu pacientes com câncer de mama avançado, carcinoma de células renais, câncer de pulmão de não pequenas células, mieloma múltiplo ou leucemia mieloide crônica.
Diferenças regionais são preponderantes
Assim como ocorre no Brasil, foi registrada grande diferença nos gastos com tratamento oncológico de acordo com a região geográfica.
Segundo o estudo norte-americano, os maiores responsáveis por essa variação são os custos com quimioterapia e internações hospitalares.
Os pesquisadores apontam que a variação regional nos gastos para pacientes semelhantes é uma evidência de que tais recursos podem ser poupados.
Segundo eles, as regiões onde o custo da assistência oncológica é mais alto têm a possibilidade de se equiparar com aquelas onde este custo é menor.
E estas regiões que se caracterizam por uma baixa despesa devem se tornar referência na busca por um modelo para reduzir o custo do tratamento do câncer.
O estudo ainda aponta outras fontes de economia, mas elas diferem de acordo com o tipo de câncer analisado.
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