Saúde da mulher: cresce procura por métodos contraceptivos e taxa de cesarianas cai 12% na rede privada
Um aumento no número de partos normais e a queda acentuada das cesarianas são duas boas notícias contidas em um relatório do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que analisou a assistência à saúde da mulher prestada pelos planos de saúde no Brasil entre 2014 e 2019.
Outro dado positivo revelado pelo estudo do IESS é o grande crescimento no número de procedimentos de laqueadura tubária (anticoncepcional definitivo) e implante de dispositivo intrauterino (DIU).
Por outro lado, enquanto a procura por mamografias cresceu, houve uma queda na procura pelo exame de Papanicolau, o que alerta para a necessidade de promover o diagnóstico precoce na prevenção do câncer de colo de útero.
Os dados utilizados na análise foram coletados do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicação divulgada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo os organizadores do relatório do IESS, as análises demonstram que as campanhas da agência voltadas para a prevenção do câncer de mama e para um parto adequado vêm apresentando resultados.
Veja a seguir mais detalhes sobre as conclusões do relatório do IESS sobre saúde da mulher na rede suplementar.
Menos cesáreas, mais partos normais
Em relação à campanha para um parto adequado a análise do IESS observou uma queda na proporção de partos cesáreos de 85,6% para 83,2,% e um aumento do parto vaginal de 14,4% para 16,8% no período analisado.
Ainda estamos longe do índice de 15% de cesarianas recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), porém já é possível perceber uma mudança na mentalidade das beneficiárias e dos próprios médicos em direção ao parto normal.
Procura por métodos contraceptivos
Outro destaque da análise foi uma queda geral no número de partos, tanto cesárea quanto normal, entre as beneficiárias de planos de saúde. Em cinco anos, a quantidade de partos caiu 9,4%.
Isso talvez se deva ao aumento na procura das mulheres por métodos contraceptivos. No mesmo período, foi registrado um aumento de 15,4% no número de laqueaduras e a quantidade de procedimentos para implante de dispositivo intrauterino mais que quadruplicou, crescendo 302,6%
Segundo a análise do IESS, esse é um indicativo que as mulheres estão cada vez mais buscando evitar a gravidez não programada, o que acaba influenciando na redução do número de partos.
Prevenção do câncer de mama
O estudo apontou ainda um crescimento de 19,1% para 20,3% na proporção de exames de mamografia no período de cinco anos, em todas as faixa-etárias.
Considerando apenas as mulheres que estão na faixa etária recomendada pela ANS, o crescimento foi ainda maior: de 47,2% para 50,1%.
A meta da agência é chegar a 60 mamografias para cada 100 beneficiárias na faixa-etária recomendada a cada dois anos, contudo ainda existe uma proporção significativa de mulheres ainda sem realizar o exame.
Prevenção do câncer de colo de útero
Um dado preocupante levantado pela análise do IESS foi a queda de 10,3% no número de exames de Papanicolau, principal método de detecção precoce do câncer de colo do útero. A queda ocorreu principalmente na faixa-etária recomendada de 25 a 59 anos.
Em consequência disso, o número de internações causadas pelo agravamento do câncer do colo do útero cresceu 3,7% no mesmo período. Isso indica a necessidade das operadoras de planos de saúde incentivarem as mulheres a realizar exames preventivos com mais frequência, pois este é o terceiro câncer que mais afeta a população feminina.
Informações estratégicas
Vale a pena ler o relatório do IESS na íntegra, pois ele traz uma série de análises que podem dar subsídio para o planejamento das ações da sua operadora na promoção da saúde da mulher.
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