Diabetes e doenças cardíacas: uma relação perigosa e ainda pouco conhecida pela população

Um estudo inédito feito pela revista Saúde, do Grupo Abril, revelou como os brasileiros percebem a relação entre o diabetes e as doenças cardíacas.

Segundo os resultados da pesquisa Quando o Diabetes Toca o Coração, este fato é praticamente desconhecido da população em geral.

Mas isso não é tudo.

Até mesmo entre as pessoas que sofrem de diabetes, o elo entre a sua condição e as doenças cardíacas também é pouco conhecido.

Se levarmos em conta que os problemas cardiovasculares como infarto, AVC e insuficiência cardíaca são hoje a principal causa de morte entre os diabéticos, isso representa um alerta a todos que trabalham com prevenção e promoção da saúde.

Vale a pena saber mais sobre esse estudo. Vamos lá?

diabetes e doenças cardiacas

Amostragem da pesquisa

Os pesquisadores, coordenados pelo endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, organizaram os dados de 1 439 questionários respondidos via internet.

A amostragem incluiu pessoas de todas as regiões do país, 611 delas portadoras de diabetes tipo 2 e as outras 828 sem a doença.

Percepções equivocadas sobre o diabetes

De acordo com seu coordenador, a pesquisa escancara percepções equivocadas entre a população que repercutem nos cuidados com a saúde.

A principal delas se reflete no fato de que cerca de dois terços dos participantes sem diabetes não percebem a gravidade da doença e mais da metade dos diabéticos não a encaram como uma condição extremamente séria.

Para se ter uma ideia do nível de desconhecimento entre a população, o diabetes é visto como menos impactante em comparação a outros fatores de risco para doenças cardíacas, como hipertensão e tabagismo.

Um quarto do público diabético e quase metade daqueles sem a doença não concordam ou sabem dizer que existe relação direta entre diabetes e infarto.

Para o Dr. Couri, a única forma de reverter esse cenário é organizar campanhas, compartilhar conteúdo de qualidade e promover a conversa e a conscientização no consultório.

“Os médicos, especialmente diante de alguém com diabetes, têm o dever de esclarecer e orientar a prevenção das doenças cardiovasculares”, afirma Couri, que também é pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

O papel do paciente na prevenção

Embora as pessoas tenham uma boa noção do que é um estilo de vida saudável, a pesquisa mostra que ainda há uma grande resistência à incorporação desses hábitos.

Menos da metade dos diabéticos pratica atividade física na frequência recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

E, apesar de o tabagismo estar em queda, tudo indica que a gordura e o açúcar estão cada vez mais presentes na mesa dos brasileiros.

Apesar de 50% dos não-diabéticos e de 70% dos pacientes com a doença se considerarem acima ou muito acima do peso, menos da metade dos entrevistados mediu sua circunferência abdominal no último ano.

É importante lembrar que a gordura na região abdominal está intimamente ligada ao descontrole da glicemia e ao risco cardiovascular.

A pesquisa também aponta um déficit na realização de consultas e exames.

Entre aqueles que não sofrem de diabetes, 20% disseram não ter o hábito de ir ao médico ao menos uma vez ao ano. Entre os diabéticos, um em cada dez admite não ter feito consultas de rotina nos últimos 12 meses.

Apenas 38% dos pacientes fizeram teste ergométrico para identificar irregularidades cardíacas e 47% não realizaram prova da função renal no último ano.

Falta orientação sobre diabetes e doenças cardíacas

Os pesquisadores também observaram lacunas significativas no que se refere à orientação médica e aos índices de adesão ao tratamento.

Entre os pacientes com diabetes, 44% afirmaram que o médico que os acompanha não mencionou o risco de doenças cardíacas na última consulta.

Outros 16% disseram que a orientação foi insatisfatória.

Segundo o coordenador da pesquisa, esses dados reforçam a necessidade de abordar de forma mais contundente em consultório o papel da doença no agravamento dos males do coração.

Outra necessidade urgente é reforçar o engajamento dos pacientes ao plano terapêutico, já que 34% dos diabéticos disseram não levar ao pé da letra a prescrição de medicamentos.

Mais atenção aos sintomas e ao histórico do paciente

Outro fato extremamente preocupante revelado pela pesquisa é que muitas pessoas relataram a presença de sintomas como tontura, palpitação e dor nas pernas e no peito.

Tudo isso pode indicar o início de um processo de comprometimento nas artérias e pede uma investigação médica detalhada..

Dentro do universo do estudo, mais de um terço dos diabéticos que já tiveram um evento cardiovascular como infarto ou AVC admite que ainda não começou a se cuidar após o episódio.

Investindo na prevenção inteligente

Para os gestores de operadoras de saúde, os dados revelados pela pesquisa Quando o Diabetes Toca o Coração acendem uma espécie de “alerta vermelho” em relação às estratégias adotadas para a prevenção do diabetes e suas complicações.

É cada vez mais necessário capacitar e equipar as áreas de medicina preventiva e promoção da saúde com ferramentas modernas e eficazes.

No caso da relação entre diabetes e doenças cardíacas, a tecnologia atua em favor da prevenção cruzando informações e avaliando o risco de evolução do quadro entre os pacientes.

Dessa forma, se você busca melhores resultados e mais engajamento, nada como contar com um sistema de gestão capaz de reunir informações médicas, monitorar o estado de saúde dos pacientes e organizar programas de prevenção focados no perfil de cada um.

Um sistema como o Previva.

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